Coluna Nova Petrópolis
Nós motoristas conseguimos nos imaginar no lugar de um cadeirante
Tem chamado a atenção a criatividade na campanhas do município. Os vídeos do mosquito da dengue e agora as cadeiras de rodas nas vagas de estacionamento com uma plaquinha e a frase: “É só um minutinho”. Alguns motoristas se acham no direito de ocupar uma vaga especial para deficientes ou idosos e usam essa frase como se ela justificasse alguma coisa. O que será que eles pensam quando não podem estacionar num lugar livre porque há uma cadeira de rodas parada nela? Será que finalmente conseguem se imaginar no lugar de um cadeirante? Os meus parabéns ao idealizador de mais esta campanha.
É SÓ UM MINUTINHO
A justificativa do “é só um minutinho” é a raiz do problema que nos “brindou” com o estacionamento rotativo. Se for só um minutinho, paravam em fila dupla, estacionavam na esquina, em entradas de garagem, em cima da calçada, ou pior, em cima da faixa de pedestre e mais uma dúzia de et ceteras. Queríamos que o estacionamento rotativo liquidasse com esses vícios, mas está difícil. Se for rapidinho, o abuso não provoca vergonha e para-se em qualquer lugar. Os 10 minutos iniciais de tolerância são um exemplo. Eles não foram pensados como uma gratuidade, para dar tempo de levar ou buscar algo numa loja. A ideia dos 10 minutos é o motorista ter tempo de procurar um parquímetro ou um agente e pagar a tarifa.
POR OUTRO LADO…
Lá se vão mais de seis meses de ER e nadinha de ações da Prefeitura para incentivar o uso de bicicletas como meio de deslocamento da população. Pior, faz quase um ano que os vereadores receberam uma lista com quase 20 lugares importantes que receberiam bicicletários. Um bicicletário não é uma “obra complexa de engenharia”. O que é extremamente complexo, isso sim, é critério das prioridades. O pátio para estacionamento dos funcionários da Prefeitura foi resolvido em uma semana. Os funcionários da Prefeitura, por óbvio, não sentem falta de bicicletários. Com a exclusividade do uso de um pátio público, a vida deles não mudou em nada com o ER.
A VOLTA DAS AULAS
Neste momento, a volta das aulas tem que ser encarada como uma mera fase de planejamento, com avaliações de hipóteses e projeções. Nada mais que isso. Ninguém tem certeza se e/ou quando vai ser possível voltar. Mas trabalhar em prol disso desde já é importantíssimo. E o é justamente por causa da dificuldade extremada da tarefa que será a reabertura das escolas. É necessário muito trabalho de planejamento. Digo isso porque tem gente que está xingando o protocolo de volta as aulas, alegando que é perigoso, que não vai funcionar e por aí vai. Que gente mais chata! As autoridades só estão pensando sobre a volta as aulas. E pelo que se sabe, pensamento e intenções não transmitem coronavírus.
HIPÓTESES REAIS
Fora a chatice dessa turma, convém elencar hipóteses que podem acarretar reais dificuldades na volta das aulas. Por exemplo, o fator de recursos humanos. Por todos os aspectos, vai ser preciso ter mais gente trabalhando. Mas qualquer trabalhador que tiver sintomas de gripe terá que ser afastado. Além disso, haverá eleição e se algum professor resolver se candidatar, ele ganhará licença por alguns meses.
Por Francis Jonas Limberger
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