Nova Petrópolis: Coronavac1, Coronavac2, Coronavac3, Coronavac4, status da pandemia

Raul Petry – [email protected]

CORONAVAC 1

Ontem a Prefeitura começou a aplicar a segunda dose da Coronavac para pessoas vacinadas com essa marca no final de junho. Acredito que não sejam muitas pessoas neste grupo. Mesmo assim, a notícia é importante. O leitor vai lembrar que a Coronavac ficou bastante tempo sem ser aplicada, porque os seus insumos chineses estavam em falta. Tudo que era possível fabricar em São Paulo era usado como segunda dose, que estava atrasada. Este atraso na segunda dose foi tamanho que só na segunda quinzena de junho foi possível usar novamente a Coronavac como primeira dose. São essas pessoas do final de junho que agora recebem a segunda dose. E isso traz alívio. Dessa vez a segunda dose não atrasou. Aí que está o grande motivo de alívio.

CORONAVAC 2

Comparada com uma Janssen ou uma Pfizer, a Coronavac perde em alguns quesitos, principalmente na questão da eficácia, que é maior nas outras. Mas a vacina fabricada em São Paulo também tem algumas vantagens. Ela não causa reações adversas, como costuma ocorrer com as pessoas vacinadas com a Oxford/Astrazeneca. E a imunização completa já é alcançada depois de poucas semanas. Até no caso da Pfizer é necessário esperar 12 semanas para a segunda dose. Como estará a pandemia daqui a 12 semanas? Alguém se arrisca dizer? E até mesmo na questão da eficiência a Coronavac tem os seus méritos, como vemos a seguir.

CORONAVAC 3

Vamos lembrar que no início da vacinação, em fevereiro, Nova Petrópolis recebeu 500 doses da Coronavac, e com elas foram vacinadas todos os profissionais da saúde que atuam na linha de frente da pandemia. Todos nós lembramos que no ano passado, mesmo a pandemia estando num grau bem menos grave, seguidamente morriam médicos e outros profissionais da saúde. Hoje a pandemia está num estágio muito mais grave, com variantes que pegam as pessoas mais jovens, e mesmo assim desapareceram as notícias sobre mortes de profissionais da saúde. Isto é mérito da vacinação com a Coronavac.

CORONAVAC 4

E por que estou falando tanto da Coronavac? Porque, apesar do problema ocorrido com os insumos há alguns meses, a Coronavac tem tudo para voltar a ser a principal vacina do Brasil, junto com a Oxford/Astrazeneca. São as duas vacinas fabricadas no Brasil. Foram desenvolvidas fora, é verdade. Mas os processos produtivos já estão instalados em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente. No caso da Oxford, já houve a transferência de tecnologia prevista no contrato e os insumos também já são fabricados no Brasil, o que elevou significativamente a produção na metade do ano. O mesmo acontecerá com a Coronavac até dezembro. O Instituto Butantan passará a fabricar o IFA e não dependerá mais da benevolência dos chineses.

STATUS DA PANDEMIA

Conforme o último boletim da Prefeitura, hoje Nova Petrópolis não tem pacientes internados com Covid-19 em UTI. O último óbito aconteceu há mais de 20 dias, no dia 7 de julho.