Coluna Nova Petrópolis
Nova Petrópolis: movimento, mascaradinhos e 337 dias de pandemia
Raul Petry – colunistas@odiario.net
MOVIMENTO
Segunda-feira as escolas de ensino fundamental do município voltaram a ter aulas presenciais, o que é mais uma daquelas grandes notícias. No patamar populacional de Nova Petrópolis, esta provavelmente é a maior movimentação de pessoas desde que a pandemia começou. No total são 1.300 alunos nas cinco escolas. Mas só a metade sai de casa a cada semana. Mesmo assim, são 650 estudantes, mais os professores, funcionários das escolas, motoristas de ônibus, pais que levam os filhos, prestadores de serviços, fornecedores… É bastante gente. Imagina-se que entre três e cinco semanas com este movimento adicional sejam suficientes para mostrar se haverá, ou não, algum reflexo sobre o contágio do coronavírus na cidade.
NOVO MOVIMENTO
Um novo acréscimo na circulação de estudantes deve acontecer em março, quando está previsto o começo das aulas nas cinco escolas estaduais. No Estado as coisas sempre são um pouco mais difíceis. Isso vai da falta de dinheiro para comprar itens de segurança até a influência ideológica que os sindicatos exercem sobre muitos professores. Vejam o absurdo que está acontecendo no Estado de São Paulo. Os sindicatos que representam os professores simplesmente não querem trabalho. Decerto vivem num mundo à parte. O ponto positivo é que por aqui a situação é bem mais tranquila. No Rio Grande do Sul não vemos professores da rede estadual resistindo ao calendário. Menos ainda em Nova Petrópolis, onde os professores estaduais nunca dão muita bola para as bobagens do Cepers. Bem que fazem.
MASCARADINHOS
Ainda sobre a volta das aulas na rede municipal, a Prefeitura divulgou umas fotos dos alunos de volta às salas de aula. É muito tocante vê-los todos de máscaras. Se a máscara incomoda a nós, adultos, e por vezes não as aguentamos, imagina o que se passa com uma criança. Mas, a julgar pelas fotos, parece que os pequenos compreenderam a importância do momento e estão dispostos a fazer a sua parte.
337 DIAS DE PANDEMIA
Já são 337 dias de pandemia e o que se tem em volume cada vez maior são números. Um levantamento regional que contempla municípios do Vale do Sinos e da Encosta da Serra, incluindo Nova Petrópolis, mostra que a curva de novos casos de Covid-19 por semana está em franco movimento de baixa. De fato, a segunda onda foi bem mais grave do que a primeira. O período mais crítico nessa região se deu entre 15 de novembro e 3 de janeiro. Agora estamos num patamar comparável a 27 de setembro, quando o pior da primeira onda também já havia ficado para trás.
ESTABILIDADE
Apesar do viés de baixa regional, dentro da metodologia da média móvel Nova Petrópolis ainda está com situação de estabilidade, com redução de 2,17% no número de novos casos por semana. Para ser caracterizada como “queda”, é preciso ultrapassar a casa dos 15% na baixa.