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Coluna Nova Petrópolis

Quando Nova Petrópolis terá um programa maciço de aproveitamento da água da chuva?

28/04/2020 - 11h11min

Atualizada em 28/04/2020 - 11h17min

Chamou a atenção no último fim de semana um impasse envolvendo o uso da água. Alguém viu o vizinho lavando o carro e foi às redes sociais para denunciar o tal pecado. Só que era uma lavagem feita com cisterna, obtida por meio do armazenamento de água da chuva. E essa justificativa também foi parar nas redes sociais, dando à polêmica uma nova proporção. Ainda assim, é um desentendimento irrelevante para nós, do grande público. O que é absolutamente relevante é o tema que essa discussão suscitou, mais uma vez, entre nós. O aproveitamento da água da chuva. Seguimos carecendo de um programa maciço de cisternas, seja na área urbana ou na rural. Eu sei que trazer este tema numa época de seca como a atual soa oportunista. Mas poderíamos estar numa situação menos difícil se já tivéssemos dado alguns passos nessa direção.

SUSTENTABILIDADE
O que vale para o aproveitamento da água da chuva vale igualmente para a transformação de lixo orgânico em adubo e para o uso de energia solar. Assim como as cisternas, já existem algumas ações isoladas de compostagem. Mas eu me refiro a iniciativas em larga escala, que sejam capazes de impactar positivamente os números finais, que seriam um menor consumo de água da rede pública ou um gasto menor da Prefeitura com recolhimento e destinação de lixo. No caso da energia solar, até se vê uma situação mais avançada, com diversas moradias e imóveis empresariais já aderindo. Também já existem linhas de créditos específicas para essa finalidade, como a do Sicredi. Mas ainda há muito para avançar.

ESQUEÇAM A PREFEITURA
Estamos acostumados a sempre virar os olhos para a Prefeitura quando o assunto é aproveitamento de água da chuva ou transformação de lixo orgânico em adubo. Parece que tudo precisa sempre partir do poder público, o que é uma grande inverdade. São diversas as maneiras de viabilizar e de incentivar a sustentabilidade sem sempre depender do dinheiro da municipalidade. Não que a Prefeitura esteja proibida de participar, mas a ação precisa ser externa. E convenhamos: se isso não for possível em um lugar desenvolvido como Nova Petrópolis, onde mais poderá ser?

EMERGÊNCIA
Falando em água, na última sexta-feira o prefeito Regis Hahn decretou situação de emergência por causa da estiagem. A redação do decreto soa excessivamente burocrática, pois “declara situação de emergência nas áreas do município de Nova Petrópolis, afetadas pelo evento adverso estiagem”. Ou seja, todas. Mas o fato é que estamos numa situação quase inimaginável: calamidade pública com o coronavírus e emergência com a estiagem.

DECRETO EMENDADO
Nos próximos dias o decreto de calamidade pública do município deverá ser emendado. É totalmente improvável que todas as medidas de afastamento social sejam suspensas já neste fim de abril. Algumas medidas de restrição devem ser afrouxadas, mas outras seguirão. O bom é que agora o comitê de crise responsável por avaliar as próximas decisões conta com um instrumento a mais, que é o estudo de realidade feito pela Secretaria da Saúde há uma semana.

Por Francis Jonas Limberger
[email protected]
WhatsApp: (51) 99888-1830

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