Os polêmicos quebra-molas na descida para a ‘Curva da Morte’

Por Cleiton Zimer

QUEBRA-MOLAS

Então, depois de quase 30 anos de asfalto e diversos acidentes fatais, resolveram, por fim, fazer algo na VRS-873 na descida para a Curva da Morte.

Colocaram quebra-molas! Quatro, para ser específico. Somente um na reta do bairro Aparecida e outros três no declive.

CRÍTICAS

Ao menos nas redes sociais a ação foi condenada pelos moradores.

O comentário: “Estão achando que um quebra-molas vai parar um caminhão sem freio”, foi campeão.

ENTÃO

Bom, acredito que o Daer tenha errado. Não na colocação de quebra-molas, mas na quantidade.

Deveriam, pelo menos, instalar mais uns quatro ou cinco na reta do bairro Aparecida.

Sim, e antes que você me critique, sugiro que vá ao menos uma vez conversar com algum dos moradores que ficam às margens da rodovia.

Eu já fui. Senti um frio na espinha tamanha a velocidade com a qual os carros e caminhões passavam por lá. E não eram pessoas de fora; eram daqui, moradores do Herval, empresas do Herval. E isso explica muitos acidentes.

É ÓBVIO

É óbvio que um quebra-molas não vai parar um caminhão, carro, moto ou bicicleta sem freio; nem mesmo se o cidadão estiver correndo e tropicar.

O intuito é, justamente, fazer com que os motoristas andem em velocidade moderada e nos conformes da rodovia para não ficar sem freio na descida.

Por isso digo que o Daer errou, pois, lá na reta, é que mora o grande problema – já deveriam começar logo depois da descida da Igreja em São José.

Mas acredito que assim já vá ajudar um pouco. Pois têm gente que só pensa em diminuir ao se aproximar da primeira curva, já lá na descida.

O ESTADO NÃO ESTÁ NEM AÍ

– “Ah mas eu acho que deveriam ter colocado redutores de velocidade”

Amigo, isso aqui é o Brasil. O Estado não está nem aí em fazer um grande investimento para garantir a segurança da VRS. Se não já teriam feito qualquer coisa antes, concorda?

– “Ah mas eu acho que os caminhões deveriam desviar pelo Walachai”

Então me expliquem como é que caminhões carregados com toneladas vão conseguir parar na entrada do Wolf, esperar os carros passar pelo sentido oposto, para então fazer a conversão e entrar pelo Walachai.

Cancha de escape, então… talvez só depois que várias pessoas morrerem assim que o asfalto até Gramado estiver pronto.

E quer mais uma prova que o Estado não está nem aí? Foram lá, colocaram os ditos quebra-molas e, na descida, não separaram por tachões, não pintaram a via. Vão fazer, mas não falaram quando. Resultado? Um monte de gente desviando pela contramão, aumentando a chance de acidentes.