Panela de Pressão
Ivoti: aulas, serviços essenciais, essencial, vacinas, comorbidades, pressão, levantamento e feira colonial
Rauk Petry – colunistas@odiario.net
AULAS
No final de março, a expectativa era de que as aulas recomeçassem, ou no dia 12 de abril, ou uma semana depois. Não aconteceu nem uma coisa tampouco a outra. Estamos todos dependendo de uma solução do Supremo, uma pessoa ou meia dúzia no máximo que tem o condão de dizer o que pode e o que não pode ser feito. Podem haver 500 especialistas dizendo que as aulas presenciais podem retornar, que o prejuízo pedagógico para as crianças é irrecuperável, que tudo isso não adianta. Um partido político entra no Supremo e um iluminado pela luz divina diz que as aulas não podem reiniciar enquanto houver bandeira preta. Aí a bandeira preta depende de novo de uma única pessoa e por aí vai. Os pais, as crianças que se lixem.
SERVIÇOS ESSENCIAIS
Projeto aprovado na Câmara dos Deputados torna as aulas presenciais como serviço essencial durante pandemias ou calamidades públicas e não podem ser interrompidas assim como os supermercados têm que abrir porque vendem comida. Parabéns para os deputados!
ESSENCIAL
Os governantes redefiniram o significado da palavra Essencial. Segundo eles, tudo aquilo que o cidadão precisa para sobreviver. Exemplo: comida. Mas desde que eles não precisem sair da zona de conforto. No sentido mais amplo, essencial é tudo aquilo que o ser humano precisa para sobreviver individualmente. Ou seja, tudo é essencial para todo mundo. Não adianta um supermercado estar aberto se o sujeito não tem dinheiro para comprar comida porque não pode trabalhar porque o governo disse que tem que fechar.
VACINAS
Se não faltarem vacinas, os idosos poderão estar vacinados com a segunda dose em duas semanas. Um pouco mais se faltar.
COMORBIDADES
Depois chegarão na vez o segundo grupo de risco além dos idosos, que são as pessoas com menos de 60 anos e que têm comorbidades. Calcula-se que sejam 10% da população. Cerca de duas mil pessoas em Ivoti.
PRESSÃO
É sabido que no Brasil as coisas só andam com pressão. Os prefeitos querem que Leite mude a bandeira para vermelha. Ele sentou em cima da bandeira preta e não quer mais descer dela. Apoio total a vocês, o povo todo está com vocês, com exceção dos grupos que se beneficiam das paralisações e querem deixar tudo como está, ganhando muitas vezes sem trabalhar.
LEVANTAMENTO
Não vai ser fácil, no âmbito dos municípios, localizar todos os funcionários que estão em casa recebendo sem trabalhar. Vão levar dias contando, recontando, tentando descobrir onde estão. Fiquei sabendo que tem uma Prefeitura da região que simplesmente não sabe onde estão cerca de 100 funcionários, que não estão trabalhando e não estão de “home office”. Sumiram.
FEIRA COLONIAL
Os municípios se preparam para as festas voltar quase a normalidade no segundo semestre. Pelo menos um deles, do qual sou amigo do prefeito. Em Ivoti a Feira Colonial no Buraco do Diabo voltou, respeitando todas as normas sanitárias.