Panela de Pressão

Ivoti: recorde, frio, junho, euforia

17/06/2021 - 06h00min

Atualizada em 17/06/2021 - 09h57min

Raul Petry – colunistas@odiario.net

 

RECORDE

A sorte parece que virou para o comércio de um modo geral. O setor que mais sofreu com a Covid está agora botando pra quebrar, à todo vapor. Ninguém esperava por isso tão rapidamente. Há 2 meses havia um desânimo total entre os empresários do comércio. Ele perdurou até que veio o Dia das Mães no começo de maio. Ali as vendas se recuperaram e bateram recordes. Um lojista disse que vendeu 240 pares de calçados no sábado, algo que nunca tinha acontecido antes. Ele não encontrou nos registros da sua loja no passado coisa parecida. O alento perdurou até o final deste mês. Depois veio o Dia dos Namorados em junho e as vendas bateram novos recordes. Não só as vendas, mas o movimento de pessoas nas ruas e estradas. Poucas vezes se viu tanta gente circulando pela região.

Antes, porém, outro registro que ajuda a entender o que aconteceu com o consumidor gaúcho e brasileiro.

 

FRIO

Em maio fez frio como nunca. Uma estação meteorológica registrou o frio de maio como nunca visto em 36 anos de registros. Na verdade, foi o segundo maior frio num mês de maio em tantos anos. Não é pouca coisa. Lembro que nos últimos tempos o famoso veranico de maio se repetia ano após ano. Praticamente não tínhamos mais frio em maio. O desânimo do comércio existia ano após ano. Os eventos se realizavam no final de abril e começo de maio e o frio que é bom nada. Ele aparecia todos os anos nesta época, a partir do começo de junho. Este ano, porém, a história é outra. Temos frio sim senhores. Quem achava que não se faziam mais invernos como antigamente estava redondamente enganado.

 

JUNHO

Junho já é mês de inverno e de frio. Os dois meses de inverno mesmo são junho e julho. No entanto, como neste ano não se vê nada parecido há muito tempo. Faz frio direto, sem parar. De 45 dias para cá só fez calor em um ou outro dia. De resto um frio congelante. Nesta semana, então, nem se fala. Faz frio e sem sol, que é o pior dos mundos. E é para ir nesta toada pelo menos até o final desta semana.

 

EUFORIA

Como o comércio vive do calor e do frio no inverno, ninguém tem do que se queixar. A virada foi rápida e inesperada. Terminou a Covid para o comércio e começou o frio. As pessoas estavam precisando fazer compras, gastar o dinheiro que foi economizado em muitas coisas, e resolveram ir às compras. As estatísticas vão sair no final da estação, mas provavelmente neste inverno o frio de rachar trará os melhores resultados para o comércio em muitos anos. Os comerciantes estão com a boca nas orelhas. Os que sobreviveram, é óbvio, ao cataclismo da Covid-19. Muitos fecharam as portas e não abriram mais. No entanto, com diz o ditado, que depois da tempestade vem a bonança, de fato isto está acontecendo para os sobreviventes. Se continuar assim até o final do inverno, teremos certamente um dos anos maios frios de há muito tempo, não só o mês de maio em si. Talvez junho já será outra estação com frio recorde. O frio é a boa notícia para todos.

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