Panela de Pressão
Ivoti: covid, com covid, caso concreto, menos mal
Panela de Pressão
Raul Petry – [email protected]
COVID
Pelo menos uma vez por semana escrevo uma coluna sobre a Covid-19. É que por estes dias está completando 2 anos. Ela surgiu na China em dezembro, mas chegou pra valer aqui no final de fevereiro e primeira quinzena de março. O primeiro a pegar foi um morador de Campo Bom no fim de fevereiro. Em 20 dias o Brasil parou. Aqui em Ivoti Luis Anschau morreu no começo de março depois de viagem ao Oriente Médio. O caos da época temos que lembrar com bons olhos, porque agora tudo já mudou. A vida voltou ao normal.
COM COVID
Estava tudo indo bem até que surgiu a tal da Ômicron em dezembro de novo. Ela contamina todo mundo mas não mata quase ninguém. É uma versão bem light da original e suas sucedâneas que surgiram depois. A ciência conseguiu domar a praga que deve se comportar como uma gripe a partir de agora. Esta é a tendência. É claro que ela ainda mata, mas como todas as outras doenças. O que precisa mudar é o modo legal como a Covid é tratada. As pessoas na maioria das vezes morrem de outras doenças. No entanto, no atestado de óbito aparece Covid. Isto não está correto e a mudança começou a acontecer. Hoje já se noticia que a pessoa não morreu de Covid. Ela morreu de câncer com Covid. Assim está muito mais correto.
CASO CONCRETO
Na semana passada morreu num dos municípios de abrangência do Diário, um senhor jovem de câncer. Ele lutou vários anos contra o tumor. Nos últimos dias, depois de muitas internações, não resistiu e morreu. A família quis fazer um velório e sepultamento digno e não pode fazer, porque no atestado de óbito constou que ele teria morrido de Covid e não de câncer. Isto está certo? Claro que não, a pessoa morreu de câncer e deve ter contraído a Covid talvez no próprio hospital. Há cálculos que dão conta que é possível que a metade das mortes atribuídas oficialmente a Covid foram registradas desta forma. Há casos que para evitar um monte de burocracia nos hospitais, é muito mais fácil colocar no atestado de óbito Covid. Neste caso não há burocracia alguma. Ou seja, o número oficial poderia ser só a metade.
MENOS MAL
Menos mal que as autoridades estão se dando conta e começam a mudar. O sensacionalista Jornal Nacional da Globo também mudou e esqueceu a Covid. Agora, na maioria dos dias, só dão a estatística oficial. A propósito, o número de transmissões cai 30% por dia se comparado a 15 dias antes. Ufa, mesmo sendo só dois anos depois, estamos nos livrando desta praga. Nem é bom lembrar como foi no começo, quando o mundo ficou de joelhos. Procuro fazer um resumo do que acontece na semana porque muita coisa se divulga e pouca coisa é verdade. Tem de tudo por aí sobre a Covid. A única verdade é que ela existiu, matou muitas pessoas ao redor do mundo e vai ser lembrada num futuro próximo como parte da história. Nunca se tinha visto coisa parecida.