Ivoti: Covid, vacina, bagunça, unidos e sentiu

Raul Petry – colunistas@odiario.net

COVID
Estão regredindo bastante os novos casos de pessoas que batem na porta dos postos de saúde e hospitais com Covid. A ala Covid de uma cidade próxima estava praticamente vazia nesta semana comparado com semana passada. As mortes continuarão ser altas porque os leitos e UTIs estão cheios. Mas de gente nova entrando diminuiu um pouco e a tendência é que continue cada vez mais.

VACINA

A vacina ainda é pouca, mas o novo ministro da Saúde prometeu 1 milhão de doses por dia. Quer dizer que em um mês os idosos de mais de 60 anos serão todos vacinados. Eles somam mais ou menos 25 milhões. Quer dizer que 4% dos idosos serão vacinados por dia. Aqui em Ivoti serão em média 112 idosos vacinados por dia. Desta forma, digamos que até o final de abril os idosos serão todos vacinados. A partir daí as mortes serão reduzidas praticamente a um número muito pequeno. Diminuem os contágios e aumenta a vacinação. Aleluia, aleluia. Estou me beliscando tentando acreditar que é verdade.

BAGUNÇA

O Brasil é uma bagunça geral, praticamente em todos os sentidos. A coisa pública vive num outro mundo. Ninguém perde o emprego, ninguém deixa de receber mesmo ficando em casa sem fazer nada, é uma maravilha. Se um marciano desce aqui na Terra e fica sabendo que determinadas classes de trabalhadores não precisam trabalhar e continuam recebendo, não vão acreditar. A bagunça na vida política é maior, é dali que brotam todas as nossas mazelas. Como os políticos são o povo, somos em média iguais. Não queremos trabalhar, mas receber. A regra na iniciativa privada não cola. Mas na coisa pública cola. Agora no episódio da Covid ficou mais evidente a bagunça na nossa política. Não houve até agora uma sintonia fina entre as diversas esferas da Federação. E, de quebra, o Poder Judiciário se metendo onde não deve. O resultado é que somos vistos lá fora como um dos piores países em lidar com a Covid. Na maioria deles brasileiros não são aceitos para entrar. Literalmente párias do mundo.

UNIDOS

Numa coisa os políticos são unidos. Aliás, duas coisas. Para pagar salários de quem nem trabalha e na hora de não abrir mão da cobrança de impostos. Agora mesmo, com muitas empresas fechadas, prorrogaram por 3 meses o pagamento de impostos. Prorroga, mas não perdoa ou dá desconto. Não adianta prorrogar porque daqui a 3 meses terão que ser pagos. As empresas terão menos dinheiro para pagar lá adiante do que agora. Tem que perdoar ou dar um bom desconto, aí sim. Quer dizer, os funcionários públicos não precisam trabalhar, mas recebem. Os pagadores de impostos não podem trabalhar, mas tem que pagar impostos. Dois pesos e duas medidas.

SENTIU

Ainda bem que mudou o presidente Bolsonaro. Agora adota uma postura mais digna de um presidente da República. Usou máscara e pediu união entre todos. Precisaram morrer 3 senadores e o major Olímpio, de quem era próximo já. E no ano que vem tem eleições.