Ivoti: Japão, acontecimento, vereador, câmara, Buraco do Diabo, contexto

Raul Petry – colunistas@odiario.net

JAPÃO

As Olimpíadas terminaram e elas tiveram um pouco de relação com Ivoti por causa da Colônia Japonesa que fica aqui. Como se sabe, elas foram realizadas em Tóquio e em 1966 26 famílias de japoneses vieram se instalar em Ivoti. Os costumes deles estão preservados num Memorial da Colônia Japonesa, que vale a pena ser visitado. A RBS fez reportagem em vista da Olimpíada ser no Japão que foi ao ar no Jornal do Almoço de quinta-feira da semana passada.

ACONTECIMENTO

Quando as famílias chegaram em 1966 foi um acontecimento. Eles vieram em função da destruição do Japão na Segunda Guerra Mundial e atrás de terras que lá são mais raras. Como se sabe o Japão é um país pequeno, um pouco maior que o Rio Grande do Sul, mas tem uma população de 126 milhões de habitantes. O Japão tem 377.000 km2 contra 281 mil do Rio Grande do Sul. Só que as terras lá são em grande parte improdutivas, enquanto que aqui acontece o contrário, as terras são excelentes.

VEREADOR

Hoje tem um vereador que é de origem japonesa. Satoshi Suzuki é produtor de mudas e dono da Pizzaria Alface. Ele também se reelegeu vereador pela segunda vez no ano passado. Chegou a ser prefeito no lugar de Maria entre uma eleição e outra. Quando Martin foi eleito, Satoshi voltou a ser o presidente da Câmara de Vereadores.

CÂMARA

Por falar em Câmara de Vereadores, ela desempenha papel importantíssimo, pois valida ou não todas as iniciativas do Executivo. Tudo que o prefeito faz passa pelo crivo da Câmara Municipal de uma maneira ou outra. Basicamente é isto que a Câmara faz: recebe um projeto do Executivo, analisa e aprova ou não. Só que tem um outro aspecto da gestão de um município. A Câmara Municipal não precisa ficar de braços cruzados, numa zona de conforto, esperando receber o trabalho. Os vereadores podem tomar iniciativas e propor ideias para o prefeito. São 9 cabeças contra apenas uma. E 9 pessoas pensam melhor e mais do que apenas uma. Portanto, mãos à obra.

BURACO DO DIABO

Como surgiu a ideia de promover um projeto para Ivoti de longo prazo para dar um norte ao município? Surgiu da iniciativa de pessoas de fora da Prefeitura e a ideia continua sendo de fora, só que foi encampada pela Prefeitura. É claro que o Buraco do Diabo será contemplado pelo IVOTI100, mas ele precisa de uma atenção especial, não tão genérica. Falo Buraco do Diabo porque o Núcleo é apenas aquela rua de casas de enxaimel. No entanto, no seu entorno existe muita coisa que precisa de atenção. Aquela depressão, cercada por morros, deve receber de nós uma atenção especialíssima.

CONTEXTO

E dentro de um contexto maior. Ali tem o Rio Feitoria, que precisa ser domado em época de enchente. Ali tem o trecho da estrada que leva ao Nucleo e que precisa ser asfaltada até se juntar com a VRS lá adiante. Ali tem áreas no entorno que precisam ser desapropriadas para se integrar ao Núcleo, de nada adianta a luneta no Belvedere se a visão ficar logo tapada por galhos das árvores ao redor. Tem muita coisa que precisa da atenção e de investimentos do município. Que seja em parceria com a iniciativa privada ou só da iniciativa privada. Tudo isso os vereadores podem e devem debater. Serviço para eles não falta.