Panela de Pressão
Ivoti: mais um, calendário, emendas, daqui, menos e legislativo
Raul Petru – colunistas@odiario.net
MAIS UM
Esta semana tivemos mais uma morte em Ivoti e o total de mortos pela Covid chega a 47 pessoas. Agora o número está civilizado e as pessoas não ficam mais tão assustadas como 45 dias atrás. Aquilo foi um filme de terror. De qualquer forma aumentou de um para dois o número de pessoas internadas em UTI. E o número de casos novos são 8. Só para termos uma ideia, este número chegou a perto de 150 num único dia no auge da onda de fevereiro e março.
CALENDÁRIO
O calendário escolar recomeça em todo o Rio Grande do Sul até a semana que vem. E se acredita que a partir de agora não vai mais recuar. Este recomeço é com vacina e não mais ocorrerá um retrocesso. O reinício das aulas foi praticamente a última coisa a recomeçar as atividades. Agora vivemos de fato um novo normal, que pode durar para sempre, por 100 anos ou por alguns anos ou meses. A vacina vai fazer parte da nossa vida daqui por diante e o corona também. Daqui a cinco anos um ou outro corona perdido vai perambular entre nós. No entanto, não encontrará com facilidade um hospedeiro, ou seja, uma pessoa sem anticorpos.
EMENDAS
A gente acompanha pelas notícias que vários municípios recebem emendas de parlamentares para destinação nos respectivos municípios. Em Ivoti são menos do que nos outros. Não dá para dizer que este dinheiro é uma espécie de dinheiro não bem-vindo, porque se destina até para aporte em hospitais e na saúde de um modo geral. O que está errado é a forma como este dinheiro chega aqui. Ele sai de Ivoti, vai para Brasília, os deputados pegam uma parte para eles e trazem para cá se fazendo de anjos, enviados por uma entidade suprema para fazer o bem no município.
DAQUI
Ele é fruto do trabalho da população e nem deveria ter ido para Brasília. Hoje 60% dos impostos que pagamos vai para Brasília. Explicação? Não tem. Se em vez de 15%, ao menos 30% ficasse aqui, os deputados poderiam ficar onde estão só legislando e fiscalizando o Executivo, que é o papel deles. No entanto, não dá para jogar pedras neles porque este é o jogo e nesta circunstância os próprios deputados são obrigados a jogar o jogo. Senão seremos todos mais prejudicados ainda.
MENOS
Ivoti recebe menos emendas do que a média dos outros municípios. Como o jogo é esse, temos que buscar mais recursos junto a parlamentares. Neste tipo de jogo a ex-prefeita Maria era especialista. Praticamente só fazia isso, pelo menos só pensava nisso.
LEGISLATIVO
A nossa Câmara de Vereadores poderia pensar em voltar a fazer as reuniões com as portas abertas e não mais entrar pelos fundos. Limita o número de pessoas em 25% da capacidade, respeita as questões sanitárias e toca o barco. Hoje dá a impressão das sessões serem meio que clandestinamente porque se entra e sai pelos fundos e a imprensa em certas Câmaras é impedida de participar. A propósito, imprensa é atividade essencial e não poderia ser barrada. Estamos com saudade dos entreveros entre os vereadores e a vida tem que voltar ao normal no nosso Legislativo.