Panela de Pressão
Ivoti: professor, milho, Leonel, porque?
Raul Petry – colunistas@odiario.net
PROFESSOR
Hoje é o dia do professor. A data é muito valorizada devido a importância do professor numa sociedade e não poderia ser diferente. Trata-se de uma das categorias mais numerosas. Afinal, todo mundo teve um dia um professor. Tinha aqueles dos tempos idos em que se levava todo tipo de castigo, que hoje seria considerado uma agressão. Por exemplo, a mãe da ex-prefeita Maria dava reguadas nas mãos quando a gente aprontava. Ela vinha se esgueirando por trás das classes e pegava a gurizada de surpresa. Se o professor faz isso hoje seria levado direto para a Delegacia por mais que tivesse razão. Sinceramente, os tempos mudaram para pior.
MILHO
Tive um professor no primário que se chamava Irineu Prass. E mandava a gente se ajoelhar em cima de milho levantando os dois braços para cima. A gente tinha que ficar assim por intermináveis minutos. A escola era a antiga 7 de Setembro, que ficava na frente da Sociedade Harmonia e hoje está servindo de secretaria da Comunidade Evangélica. A gurizada gemia de dor nas costas e nos joelhos, mas ele não queria nem saber. Castigo é castigo. E era por muito menos do que se apronta hoje e, mesmo assim, as crianças são intocáveis. Hoje até os cães são protegidos de maus tratos de seus donos. O sujeito pode pegar cadeia por isso.
LEONEL
A vereadora Marli Heinle Gehm está se mexendo para desentravar o projeto da Rodovia Leonel de Moura Brizola, que foi idealizado pelo ex-prefeito Arnaldo Kney no seu último governo. A rodovia inicia na BR-116, nas imediações do trevo de acesso e desemboca na VRS-827 no Buraco do Diabo. O seu custo da época foi calculado em 7 milhões. O projeto está pronto, só que desatualizado. Ele tem que ser desengavetado e posteriormente correr atrás do dinheiro. Se custar 20 milhões nos dias de hoje, que se busque a verba. Ivoti precisa investimentos em obras viárias. A cidade já tem um relevo complicado, com muito morros e a falta de opções desvia grande parte do tráfego para a Av.Presidente Lucena. O maior problema são os caminhões.
PORQUE?
Porque um projeto pronto, que não custou barato para o município, se deixa numa gaveta e se esquece ele. Este é o problema da administração pública. Um prefeito faz uma coisa, não termina ou nem começa e o sucessor nem olha o que é aquilo ali. Desta maneira vai um monte de dinheiro fora, sem qualquer utilidade. Os administradores municipais têm que olhar com carinho na direção da Leonel ou da duplicação da Castro Alves. A cidade precisa de alternativas para desafogar o tráfego de veículos principalmente nos momentos de pico. Imagina que maravilha seria você poder vir de Novo Hamburgo e cair direto no Buraco do Diabo, sem precisar passar por este trecho horrível da Castro Alves em pista única. Ou pegar via duplicada na entrada de Ivoti e vir quase até o centro com a tranquilidade de uma estrada duplicada.