Ivoti: roteiro, visionário, cidade histórica, pensar grande

Raul Petry – colunistas@odiario.net

ROTEIRO

As coisas estão começando a acontecer com mais velocidade em Ivoti. Por exemplo, as placas indicativas do roteiro autoguiado é a prova disso. Mas falta muita coisa ainda. Na Colônia Japonesa tem um trechinho com aterro, onde é para ser feito acostamento O que mais falta são investimentos de mais peso. Investimentos pesados, que realmente transformem Ivoti na atração de turistas. Na área empresarial já tem projetos de pagamento de aluguel e outros benefícios. Na área do turismo depende do poder público. Até mesmo para atrair investimentos privados o poder público tem que dar o norte, especialmente no Núcleo de Casas de Enxaimel. Ali tem que ter investimentos pesados para realmente transformar aquele local talhado para atrair turistas. Graças a Deus as casas de enxaimel foram preservadas. Por um fio quase foram perdidas. Quando eram casas em deterioração ninguém se interessava pela restauração. Um dos poucos que batalhou para preservá-las foi este que vos fala. Está lá escrito na Panela do final da década de 90 e início dos anos 2.000 que havia a necessidade de preservar as casas porque história não se apaga. E conseguimos manter elas e hoje são o que são.

VISIONÁRIO

Podem me chamar de visionário, mas tenho certeza que tudo o que penso dá para fazer. Vamos ver no que vai dar o IVOTI100, projeto que deverá nos dar o norte sobre como será Ivoti daqui a 43 anos, quando completar 100 anos. Tenho certeza que o Buraco do Diabo é o nosso grande cartão de visitas turístico. Este é o único local que realmente pode atrair turistas em massa para Ivoti. No entanto, exige investimentos, tanto públicos quanto privados. A Adoma está lá, para mostrar o que é possível. A cervejaria investiu mais de 300 mil na restauração da casa que havia no Núcleo e em troca está explorando o local. Bom negócio para todo mundo.

CIDADE HISTÓRICA

Defendo a ideia de se criar uma cidade histórica junto ao Núcleo, uma quarteirão por exemplo, coma réplica das casas antigas da cidade tal qual elas eram. Bastaria reconstruí-las. O Salão Holler vai para lá, o antigo Salão Kern, que já foi demolido, a igreja católica, enfim todas as antigas casas que existiam em Ivoti, a maioria que já não existem mais. Como temos registros em fotos destes prédios, seria fácil a reconstrução. Um investimento com retorno certo. Quem não ia gostar de visitar a cidade histórica, onde havia bailes, bares, armazéns, cervejarias, como era antigamente. Ali se juntaria a Ivoti dos dois últimos séculos. Daria para cobrar ingresso para as pessoas entrar e passear pelos séculos 19 e 20. A Casa Holler vai para lá e a Prefeitura poderia vender o terreno no centro. Ia ser bom para todo mundo.

PENSAR GRANDE

O que falta para nossos governantes é pensar grande. A Oktober de Igrejinha só é o que é hoje porque um ex-prefeito foi para Munique e voltou de lá com a ideia de promover uma Oktober parecida aqui. Hoje ela é promovida pelo povo, sem interveniência do poder público e todo o lucro é distribuído para as entidades do município. E são milhões de lucro. O projeto IVOTI100 não é uma panacéia, mas nos dará um caminho a seguir.