Colunistas
Panela de Pressão – 09/04/24
Raul Petry
APPs
A novela das APPs vai continuar provavelmente por mais algum tempo. Os vereadores não gostaram do horário estabelecido pelo Executivo para a audiência pública acerca do estudo das APPs, que são as áreas de preservação do meio ambiente. Quem tiver terra nestas áreas jamais poderá construir. Elas ficarão intactas como estão. E quem definiu estas áreas é uma empresa contratada com esta finalidade. A audiência pública faz parte caminho que o estudo tem que trilhar até finalmente ser aprovado e sancionado pelo prefeito. A partir daí começa a valer. A necessidade de termos uma lei e um estudo atualizado não se discute. Os vereadores queriam um horário noturno para mais pessoas puderem comparecer para conhecer o estudo elaborado por esta empresa especializada neste tipo de estudo. Hoje em dia existem situações em que o proprietário não concorda com a existência, por exemplo, de uma nascente na sua área. As autoridades da área dizem que é nascente e o proprietário alega que é apenas uma porção de água que só existe quando chove.
DECIDEM
Quem na verdade decide sobre o Mapa das APPs é, em última instância, a Câmara Municipal. Os vereadores é que dão a palavra final. E a ideia é o próprio Legislativo realizar uma audiência pública num horário mais apropriado e depois levar o assunto para ser aprovado na Câmara de Vereadores. O assunto é muito importante e provoca prejuízos para muita gente que nem sabe.
04/04
Na última quinta-feira foi realizada a audiência pública no auditório da CDL. Compareceram umas três dezenas de pessoas, três vereadores e o prefeito e vice não estiveram presentes. Este projeto tem tudo para dar pano para manga. Não vai ser fácil aprová-lo como veio, pois, como já disse, envolve muitos interesses. Ele deve permanecer um tempo hibernando na Câmara até ser aprovado, assim como o Plano de Mobilidade Urbana.
NATURAL
A passagem do pedagogo Paulo Fochi por Ivoti só podia ter terminado dessa forma. Ele entrou numa videoconferência de pais e soltou o verbo. Não gostou do que ouviu do lado de fora da vídeoconferência e resolveu falar cobras e lagartos. Foi pior do que isso. Parecia que ele era um integrante do judiciário durante julgamento de réu. Falou em cadeia, chamou os pais de criminosos e disse que printou a videoconferência e mandou o print adiante. Não sei o que Manoela Dávila, por exemplo, tem a ver com a sua passagem pela educação de Ivoti. E se os pais não querem o seu projeto, tem a liberdade de aceitá-lo ou não. A ira que ele demonstrou foi de arrepiar e deu o que pensar. Como um professor de crianças de 6 meses a 6 anos chega a um ponto de desequilíbrio desses. É a pergunta que não quer calar.