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Panela de Pressão – 25/09/24

25/09/2024 - 05h00min

Atualizada em 25/09/2024 - 09h10min

Raul Petry

INJUSTO

Se você analisar a situação do país chega a conclusão que nada mais faz sentido, a não ser a iniciativa privada, as coisas que os empresários privados fazem, as pessoas enfim. Tem cabimento que o governo fique com 40% de tudo que as pessoas produzem. Esta é a carga tributária no Brasil. O pior não é isso, porque a carga tributária nos países ricos também é alta, só que, com duas diferenças fundamentais. A tributação lá é sobre a renda e não sobre o consumo. No caixa de um supermercado podem estar lá pagando as compras um rico e um pobre lado a lado. Eles pagam o mesmo valor do imposto, quando o rico ganha 100 ou 200 vezes mais. Gasolina é a mesma coisa.

RICOS

Nos países ricos, grande parte da carga tributária recai sobre a renda da pessoa. Jogador de futebol na Europa paga 50% de imposto sobre o que ganha. Aqui no Brasil não passa de 27%. Explicação: são os ricos que fazem as leis e aqui eles tripudiam dos pobres, legislam em causa própria. Deixar 50% de imposto para quem ganha 1 milhão por mês é justo. Agora cobrar 50% de quem ganha 2 mil reais por mês é tremendamente injusto. Está tudo errado neste país. Tem que passar o Brasil a limpo, mas como, se dependemos de partidos, que contratam mais do que as maiores empresas do país. A diferença é que pagam os salários com o nosso dinheiro. 50% do que se arrecada não volta para nós. Os partidos são agências de emprego. Vejam em São Paulo, cuja eleição é notícia no Brasil inteiro. Lá um dos candidatos tem uma coligação formada por 12 partidos. A do Boulos são 8.

CARNIFICINA

Imaginem a carnificina que não será a repartição dos cargos por milhares de pessoas. Provavelmente se este candidato ganhar, vai voar cadeira de novo para todos os lados. Pásmen, o orçamento de São Paulo é de 120 bilhões de reais. Assim é no Brasil inteiro. Em Ivoti a coisa é bem diferente, mas também há distribuição de cargos. Não é só o número, mas os salários geralmente são fora da realidade do mercado, principalmente os Ccs, os chamados cargos de confiança.

PLANO DE METAS

Desta vez vou guardar bem o Plano de Metas dos candidatos e cobrar a sua execução. Item por item. Neste aspecto fica mais fácil fiscalizar, porque está tudo ali escrito. Não tem o candidato depois vir com lorota para explicar o porquê da não execução do plano. Afinal, eleição é coisa séria e o não cumprimento da meta equivale a passar a perna no eleitor. Eu faria um Plano de Metas sintético, só com os grandes objetivos, tais como asfaltamento de x metros de ruas, construção do Centro de Especialidades, duplicação de metade da Castro Alves, troca total de toda a rede de água sucateada, implantação de 30% do plano de saneamento, cujo prazo final é 2033.

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