Panela de Pressão – 26/03/24

Raul Petry

SUPER QUEBRA-MOLAS

Está pronto o super quebra-molas, erguido na esquina das ruas Jacob Müller e Duque de Caxias. Trata-se de um quebra-molas que tem quatro fazes. De qualquer lado que você vier vai se deparar com o quebra-molas, dos dois lados da Jacob Müller e dos dois lados da Duque de Caxias. Não me pareceu muito alto, neste aspecto é até aceitável, não fosse proibido. Quebra-molas são proibidos. Não explicitamente, mas se você se ater a lei que trata do assunto, vai chegar a conclusão que não tem como cumprir todos os requisitos exigidos pela legislação. Desse jeito, as Prefeituras vão tocando o barco, de qualquer jeito, até um dia chegar a ordem de retirar todos, inclusive aqueles nas imediações de escolas. A lei não faz distinção, quebra-molas é quebra-molas. Em Nova Petrópolis não se coloca mais quebra-molas. Ao contrário, dois já foram retirados. Aqui vamos em sentido contrário, colocando um atrás do outro.

FLORES

Assistindo ao belo desfile da Páscoa em Ivoti na manhã de domingo, os alto-falantes entoavam o hino da cidade e repetiam exaustivamente a menção a cidade das flores. Olhei em volta e só vi umas poucas flores no canteirinho da Av.Presidente Lucena com a Gaelzer Neto. De resto, nada. No centro onde fica a Prefeitura, menos ainda. Dá vontade de enfiar a cabeça num buraco que nem avestruz. No fundo estamos vendendo gato por lebre. O interessante é que não foi um prefeito, mas todos os que passaram pela Prefeitura negligenciaram a cultura das flores para justificar o slogan. A rótula na entrada de Ivoti, no fundo, é o único lugar que justifica o slogan de cidade das flores. Mas quem vem de fora se depara primeiro com o belo pórtico, que não apresenta uma única flor. O próprio pórtico tinha que estar embelecido por flores. Ali tem um espaço para os turistas tirar fotos e muita gente para ali para fotografar. Só que não aparecem flores em nenhuma foto que tiram. Já cansei de abordar este assunto aqui nesta coluna e não adianta nada: ninguém liga.

CHANCE

Temos uma chance de, talvez, resolver o problema, porque é um problema mesmo. Ou não estamos vendendo gato por lebre! Estamos num ano eleitoral e, quem sabe, vamos fazer uma declaração, que os candidatos têm que assinar em cartório se comprometendo a metas com relação a florir a cidade. Quem não topar já se saberá que não fará nada diferente do que os anteriores. Durante todo o desfile de Páscoa, lindo, por sinal, foi entoado o hino de Ivoti. E a repetição exaustiva de cidade das flores. Aposto que o bom público que assistiu o desfile olhava em volta e não enxergava flores, a não ser canteirinhos muito pequenos que nem dá pra levar em consideração.