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Panela de Pressão – 30/09/24

30/09/2024 - 05h00min

Atualizada em 30/09/2024 - 09h32min

Raul Petry

CARA

O sábado teve cara de eleição, faltando uma semana para o pleito. Não foi muito diferente dos outros fins de semana, mas se viu mais gente identificada pelas ruas. Mas de longe nada parecido com outras eleições. O fenômeno não é só de Ivoti. O mesmo acontece em outros municípios. O panorama geral é de que não tivesse eleições daqui a uma semana. Entretanto, o número de pessoas que não sabem ou não querem dizer em quem vão votar diminui. Ele andava em torno de 40 a 50% há um mês. Agora está na faixa de 30%. Os fatores são vários. Desde a desilusão com a política quanto a legislação eleitoral, que ficou muito restritiva, a ponto de algumas Prefeituras terem tirado suas redes sociais do ar durante o período eleitoral. De qualquer forma a impressão que dá é a de que candidatos a vereador fazem a sua campanha, enquanto os candidatos a prefeito seguem um caminho próprio.

FOME

Mudando de saco para mala. Será verdade mesmo que ainda tem gente no Brasil que passa fome? Ao menos no Estado, por onde se ande, para onde se olha, na indústria ou na agricultura, tem vagas para as pessoas se empregar. Tanto que temos na região estrangeiros e trabalhadores de várias regiões do Brasil. Só em Presidente Lucena há uma colônia de cerca de 200 a 300 nordestinos. Venezuelanos também são muitos. E, mesmo assim, as empresas carecem de não de obra. O que está acontecendo?

EXPLICAÇÃO

A única explicação só podem ser os benefícios pagos pelo governo. Quando fiquei sabendo qual era o valor do bolsa0, família, fiquei espantado. Cada família recebe R$ 681,00 automaticamente. Depois tem mais R$ 150,00 por criança de até 6 anos. Para os maiores o valor chega a R$ 50,00 por criança. Uma família levanta fácil R$ 1.000.00 só de benefício ligado ao salário família. Depois tem mais outros benefícios. A pergunta que não quer calar: porque trabalhar se as famílias já tem o sustento só com o dinheiro que ganham com o governo. A politicagem tomou conta do país de uns anos para cá. Quando foi criado, as famílias tinham que fazer várias comprovações para receber o bolsa família, como matrícula das crianças em escolas, a falta real de emprego, etc. Hoje em dia acho que não precisa nada disso. É só ir no banco e pegar o dinheiro todos os meses.

A FAVOR

Ninguém é contra as pessoas mais necessitadas receber um valor do governo. No entanto, não sem critério. Sabendo que na região e no Estado inteiro tem vagas de sobra, porque haveria de se pagar um valor alto como benefício justamente pela falta de emprego. Se não falta emprego, porque dar dinheiro que é justamente para ajudar os que não tem emprego. E muitos que não trabalham recebem ainda o seguro-desemprego. As empresas, os próprios trabalhadores e o país, todos são penalizados pela falta de mão de obra.

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