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Panela de Pressão

Uma referência para o retorno das aulas presenciais

05/10/2020 - 00h01min

O Instituto Ivoti pode ser considerada a primeira escola da área de circulação do Diário a retomar as aulas presenciais. O plano de contingência da instituição já estava aprovado pelo Comitê Municipal há bastante tempo. Com a autorização do governo do Estado e a bandeira apropriada na região, o retorno começou a se tornar realidade na semana passada. Mas aos poucos. Por enquanto, apenas os chamados cursos livres, com alunos de instrumentos musicais da Ascarte e as turmas de dos cursos de idiomas. Mas já é um retorno. E que bom que ele está sendo possível!

REFERÊNCIAS I
Havendo bons resultados nessa primeira etapa da retomada, certamente o Instituto Ivoti passará a considerar a hipótese voltar com aulas presenciais para mais turmas. Também pode ser necessário fazer ajustes, claro. É assim que funciona uma retomada gradual. De todo modo, dessas primeiras experiências certamente poderão ser obtidas boas referências para as demais escolas, como as da rede pública, onde está havendo bastante resistência ao retorno. Exemplos como o do Instituto Ivoti trarão bons subsídios para acabar logo com estes impasses.

REFERÊNCIAS II
Faz mais de um mês que muitas escolas de educação infantil da rede privada retomaram as aulas presenciais em municípios da Serra, como Caxias do Sul. Ontem conversei com alguns moradores desta cidade e, segundo eles, não há notícias de crianças doentes. É verdade que algumas escolinhas estão com número bem reduzido de alunos. Mas aí é por opção dos pais, o que também seria assegurado na rede pública.

SÓ EM 2021
Eu sei que na rede pública as turmas são mais numerosas, as dinâmicas são diferentes e os recursos são mais escassos. Existe mais burocracia, inclusive para planejar. É por isso que a Associação dos Municípios do Vale do Sinos (Amvars), região administrativa da qual Ivoti faz parte, já decidiu que o ensino fundamental voltará só em 2021 (com exceção das turmas de 9º ano, para as quais cada prefeitura tomará as suas próprias decisões). O argumento é a falta de previsibilidade, com o qual eu concordo. Para as atividades presenciais nas escolas, a bandeira precisa estar amarela ou laranja por duas semanas seguidas. Hoje Ivoti tem essa condição, o que inclusive permitiu o retorno dos cursos livres no Instituto. Mas se por acaso a bandeira voltar a ficar vermelha, seria necessário fechar tudo novamente e recolocar estes alunos no sistema virtual. Algo mais fácil de fazer em cursos de música ou idiomas. Bem mais difícil de fazer quando se tem uma turma em fase de alfabetização, por exemplo.

RESISTÊNCIA
Adiar o retorno para o ano que vem, mas com argumentos sólidos e plausíveis, e seguir trabalhando para que de fato esse planejamento se confirme, é plenamente aceitável. O que não pode é ficar no “não pelo não”, sendo contra a qualquer hipótese de retorno. Seja quando for, o retorno precisa ser um comum a todos.

Francis Jonas Limberger, colunista interino
[email protected]

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