Coluna Dois Irmãos
Começo de Conversa extra de terça de Carnaval – 04/03/2025
Dois Irmãos – Mauri Marcelo Toni Dandel
PARADO
Apesar de não ser feriado, a segunda-feira foi bem calma na cidade. Embora muitas indústrias funcionassem, muitas lojas estavam fechadas e, sem aulas, o clima foi de feriado mesmo. Não teve atendimento ao público no serviço público também, e, com o calorão, era clima de iniciozinho de ano e ruas vazias. Mas, se ontem já foi devagar, hoje vai ser mais zerado ainda.
CALOR
Ninguém mais aguenta esse calorão e a reclamação é de todos. Pior de tudo é a questão de saúde e também saber que não é só um dia ou dois, pois a previsão do tempo diz que vai continuar até domingo. Mas, além da temperatura em 36 ou 37 graus, pior é a sensação térmica. É aí que Dois Irmãos vira “a Campo Bom da Encosta da Serra”. Sabe porque?
Calor por calor, está no Brasil todo nesta época do ano. E temperaturas bem mais elevadas do que o normal. Pelo país todo.
CAMPO BOM DA ENCOSTA DA SERRA
Mas, acontece que a noite cai, a temperatura cai um pouco, mas o calorão não vai embora, pois as casas e apartamentos estão que “é uma sauna”, o ventinho não entra dentro de casa mesmo de noite. Então, embora a noite a temperatura esteja em 23 ou 24 graus, a sensação térmica dentro de casa é de 30. Quem tem ar, se salva do calorão, mas quem não tem, sofre!
DIFERENÇA
E a diferença de Dois Irmãos, com as áreas mais altas de Morro Reuter, do Teewald e de Nova Petrópolis por exemplo, é grande. De dia já dá alguns graus a mais aqui em Dois Irmãos, mas a noite a diferença é maior ainda, pois nestes outros locais a temperatura cai e muita gente consegue dormir sem ligar o ar condicionado ou o ventilador. Em Dois Irmãos isso não acontece, pois a saúna continua noite adentro!
MUSEU
Já falamos estes dias sobre o museu, mas vamos dar uma ampliadinha no assunto, já que é “feriado”.
Quem colocou os ‘primeiros tijolos’, digamos assim, para termos um museu foi o ex-prefeito Romeo Wolf, que já dá nome ao parque. Na época, o saudoso prefeito Romeo contrariou muita gente com “essa história de implantar um museu”, pois talvez nossa cidade não estava preparada, naquela, para essa preservação cultural e histórica que hoje tanto valorizamos, embora alguns ainda virem as costas – mas será ainda mais no futuro, podem apostar!
DOIS MUSEUS
-Pela quantidade de ‘coisas históricas’ que temos, vamos “só” pensar nisso. Somente isso! E em breve eu explico mais. E tenho certeza que vais concordar comigo! Nossa história merece ainda mais do que o muito que já está sendo feito!
-Mas, mudando de assunto – sem mudar – volto a lembra-los que o nosso Museu Histórico Municipal “não tem nome”. Não que seja importante, mas…
-A gente o conhece como Casa das Irmãs Kieling, pois elas ali moraram, contudo, oficial é apenas Museu Histórico Municipal.
-Inclusive, o Padre Paulo Wendling conta que, quando ele e o pessoal lá do Vale Esquerdo (ou Direito?) vinha para a catequese, ali era ponto para parar e pedir um copo de água, pois era meio do caminho.
PEQUENO
Aproveite que tem obras no Museu Histórico e, se passar na rua, dê uma espiadinha dentro do museu histórico, que está vazio – antes que tenha tapume. Ele parece tão pequeno! E temos tanta coisa para arquivar e mostrar às gerações vindouras.
Então, acho que o espaço já é pequeno. Por exemplo, temos lá uma máquina de escrever do primeiro prefeito, seu Justino, que fez um fabuloso livro da história de Dois Irmãos, até então, é a nossa Bíblia da nossa história. Além disso, tivemos aqui dois grandes artistas, o seu Higino “Peruano” e o Flávio Scholles, ambos amigos e leitores nossos, falecidos precocemente há pouco tempo.
Quem sabe, possamos, ao menos, começar a pensar em termos espaços para guardar as memórias de ambos, também dos ex-prefeitos, ex-vigários e pastores e tanta gente que tem tanta coisa e fez tanto pela nossa história! Vamos, pelo menos, pensar em termos mais museus (ou, então, espaços culturais para arquivar e propagar nossa história?)!