Coluna Estância Velha

Como fica a saúde sem as cubanas?

20/11/2018 - 11h00min

Atualizada em 20/11/2018 - 11h23min

Estância Velha perde cinco profissionais cubanas com a decisão do país em sair do programa Mais Médicos. Elas serão repostas em breve? Sim. Segundo o secretário Mauri Martinelli. No entanto, há mais do que apenas uma médica. Com quem conversei foram apenas elogios. Pacientes enalteceram a atenção dada por essas profissionais, os colegas de trabalho falavam de seu comprometimento. O secretário Mauri comentou também seu trabalho sem igual. É uma perda emocional, como comentou Martinelli. Perde-se amigas, profissionais, pessoas com quem o povo podia, mais do que apenas ser atendido, conversar. É uma pena, de fato, que palavras jogadas ao vento e decisões errôneas terminem em perdas para quem mais precisa. Estância Velha ainda poderá repor suas médicas, não ficará desfalcada, mas há diversas cidades pelo país que não terão a mesma sorte. Infelizmente, é sempre a população que acaba pagando o pato. Nada novo dessa vez.

SEM DECLARAÇÕES

Ainda sobre o assunto das médicas cubanas. Não pude conversar com elas. Elas foram proibidas por ordens do governo cubano de dar qualquer declaração à imprensa brasileira. O motivo não sabemos ao certo. No entanto, sabemos que nenhuma delas estava gostando da ideia de ter que deixar o Brasil. Elas se acostumaram aqui, se acostumaram conosco. Era uma vivência diferente para elas e para nós, que recebíamos seu atendimento. É uma perda sem igual como já mencionei.

TRABALHO PELA METADE

Novamente somos chamados por conta de trabalhos feitos pela metade pelas prestadoras de serviço. A da vez? RGE Sul. Os moradores do Nova Estância reclamaram de fios soltos após a troca de um poste na rua Carlos Antônio Bender. Protocolos abertos e a resposta da empresa é que os provedores de internet é que devem resolver o problema. Acredito que a população está cansada de sempre ter desculpas e sempre ver suas demandas sendo jogadas de um lado para o outro. Eu sei que eu ficaria. Não importa de quem seja a responsabilidade para resolver o problema, o que importa é que ele deve ser resolvido. Hoje são fios, dias atrás era vazamento de água, um pouco antes buracos intermináveis. A população vê uma cidade recebendo este tipo de tratamento e acaba por não saber mais a quem recorrer. Incomoda, é errado e pagamos para que sejam solucionados todos os problemas que temos. Por qual motivo não estão sendo solucionados então?

O QUE VEM AGORA

Hoje o tão falado projeto de FGs pode ir a votação na Câmara. Com a perda das médicas cubanas, devemos nos apegar a qualquer possibilidade de melhora na saúde da cidade. Eu não sei se esse projeto fará isso e, de fato, não cabe a mim julgar. Tudo que eu espero é que o melhor para a cidade seja pensado antes de decisões serem tomadas. Não podemos apenas aprovar projetos sem pensar no impacto que a cidade terá com eles. Querendo ou não, serão mais de R$ 200 mil por ano em valor na folha de pagamento e, para aprovar esse projeto, deve valer a pena.

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