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Depois vem as surpresas

29/03/2019 - 11h00min

Atualizada em 29/03/2019 - 13h59min

No ano de 2014, quando Arnaldo era prefeito, foi feita uma reforma do Plano Diretor então vigente. Ele foi amplamente discutido na própria Câmara de Vereadores. No entanto, 90% do seu texto ninguém lê. Alguém leu que de cada loteamento num raio de 100 metros tem que haver uma escola, não importando se for um de 20, 50 ou 100 casas. Tivesse alguém lido e não teria passado uma coisa esdrúxula dessas. É claro que este artigo foi feito sob medida para favorecer alguém. A votação do orçamento, do Plano Diretor, estes calhamaços de 300 páginas só se olha o essencial. É como contrato de banco. As letrinhas são tão pequenas que ninguém se dá ao trabalho de ler. Depois vem as surpresas.

REFORMA

Está claro que o Plano Diretor tem amarras que são inconcebíveis hoje em dia. Em vez de ser liberalizante, ele é estatizante. Tem que ter regras para tudo, mas não demais. Não precisamos um Estado que diz tudo que devemos e podemos fazer. Só que a reforma do Plano Diretor parou de uma hora para outra. O que será que houve?

BAIXAR A BOLA

Seria bom se o presidente Bolsonaro baixasse a bola com o presidente do Congresso Rodrigo Maia. Basta um presidente da República deixar na reta que o Congresso pode cassar ele num piparote. Claro que não é fácil, mas se o sujeito só faz besteira como Bolsonaro anda fazendo, confundindo articulação política com toma-lá-dá-cá, insinuando que a política que se faz no Congresso é a velha política enquanto ele pratica a nova política, espera pra ver o que vai dar. Nem parece que ele viveu 27 anos como deputado. O poder de um Congresso Nacional é infinitamente superior ao do presidente da República. E jogar todos eles na mesma vala comum não é uma boa idéia.

PECADOS DE BOLSONARO

1 – Jogou o projeto da Reforma da Previdência no Congresso e lavou as mãos dizendo que agora não é mais com ele;
2 – A partir de então diz que não e mais com ele;
3 – Ele não é o presidente só de categorias de funcionários públicos como os militares, por exemplo, mas se comporta como tal. Ele é o presidente do Brasil;
4 – Está mais preocupado com picuinhas e redes sociais do que exercer o cargo de presidente, que tem coisas muito mais importantes para tratar.
5 – Da Reforma da Previdência que ele desdém, chegando a dizer que se não precisasse não faria, depende o futuro do Brasil.
6- Em vez de economistas fazerem prognósticos de crescimento de 5, 6, 7% no ano que vem, já se duvida que sairemos do buraco.
7 – As teimosias e loucuras de Bolsonaro começam a condenar o Brasil ao atraso.
8 – Depois de três meses não fez quase nada. O governo está paralisado enredado em brigas internas. Os primeiros 100 dias são um vazio só.
9 – Ouso dizer que de mito não tem mais nada
10 – A impressão que dá é que não desceu ainda do palanque da campanha
11 – Na campanha se colocou como o inimigo do stablishment político que vigora em Brasília e no resto do Brasil. E os funcionários públicos, centenas de milhares que não fazem nada e são perfeitamente dispensáveis, nenhuma palavra até agora.
12 – Mais Brasil e menos Brasília. Mito, esqueceu o slogan?

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