Colunistas
Dia do colono
Neste fim de semana haverá a tradicional Kolonistenfest. A Festa do Colono de Ivoti já foi muito maior. Antes das emancipações de Lindolfo Collor e Presidente Lucena, então, nem se fala. Era um desfile enorme, concorrido, as pessoas se aglomeravam na calçada para assistir ao desfile e depois a festa continuava no ginásio municipal. Hoje está tudo diferente, mas o espírito da festa continua. Não temos mais o espaço que havia em torno do ginásio municipal para absorver as carretas de boi, cavalos e demais participantes do desfile. Eles se dirigiam até o ginásio, onde a festa continuava até a noite de domingo.
“DESCUIDO”
Por falta de espírito público de nossos governantes ao longo do tempo, deixamos de comprar a área do entorno do ginásio municipal. Foi um dos maiores, vamos dizer, descuidos, da administração municipal. Nos fundos do ginásio havia uma quadra inteira, onde os colonos deixavam as carretas e apetrechos do desfile. Ao lado do ginásio ficava o campo do Gaúcho, que poderia ter sido comprado e mais uma área de terras. Na frente do ginásio havia dois terrenos baldios, que poderiam também ter sido comprados. Ninguém fez nada. E não foi por falta de alerta. Eu mesmo insisti, até com os vereadores da época, da necessidade do município comprar aquelas áreas, que estavam todas à venda. O Instituto, que era o dono da área atrás do ginásio, chegou a oferecer para a Prefeitura pagar em suaves prestações. Nem assim o prefeito da época se deixou persuadir. Faltou muito espírito público. E na década de 90 os municípios estavam em muito melhor situação financeira que hoje. Se o prefeito fosse um estadista, não teria pensado duas vezes. Aquele era um investimento para o futuro de Ivoti. Hoje o ginásio está lá, um baita patrimônio, mas não tem mais entorno, que poderia servir para tantas coisas. Nos fundos ainda conseguiram colocar a Secretaria de Obras. No entanto, poderia ter muito mais coisas ali, além de áreas para estacionamento e tantas outras utilidades.
ERROS
O erro não foi só do prefeito da época ou dos prefeitos. Ele também foi dos vereadores, que não tiveram o mínimo interesse em intervir para a administração municipal comprar aquela área. Foram alertados e o máximo que fizeram foi olhar um para o outro. Erros como este não podem ser cometidos. Homens públicos têm que ter um mínimo de visão e um mínimo de preocupação com o futuro do município. E não olhar só até a ponta do nariz. Hoje a Prefeitura poderia ter uma área nobre no meio da cidade, onde já existia uma baita infraestrutura como o próprio ginásio, o galpão crioulo, o museu, os pavilhões ao lado, os pavilhões nos fundos e tanta outra coisa mais, menos as áreas que hoje estão ocupadas por residências. Dá vontade de chorar. Bastava na época um vereador começar a berrar na Câmara de Vereadores que as coisas teriam tido um outro rumo. Mas ninguém, ninguém mesmo, se mexeu. É uma pena.
COLÔNIA JAPONESA
A comunidade homenageada neste ano é a Colônia Japonesa. Todos os anos uma comunidade do interior é homenageada por ocasião do 25 de julho, dia do colono.