Diretor da Corsan coloca os vereadores na obrigação

Como estava previsto, o gestor local da Corsan, Sadi Zimmermann, esteve na Câmara durante a sessão de segunda-feira, 9, para falar de recentes problemas de falta de água na cidade. Segundo ele, as obras na rótula do Pousada da Neve causaram danos na tubulação três vezes em um curto intervalo, afetando o abastecimento em lugares como o Vale Verde. Além disso, nesse mesmo período faltou luz na região de São Jacó, onde estão as máquinas da Corsan, o que afetou o centro. Falta de luz é algo realmente fácil de acreditar. Inclusive houve uma queda de energia justamente enquanto Sadi falava aos vereadores. Enfim, confirmou-se mais uma vez a deficiência dos serviços públicos como um todo. O que chamou a atenção mesmo foram os apontamentos em tom de crítica que o gestor fez ao Plano Municipal de Saneamento. Sadi Zimmermann sugeriu que se pergunte ao Executivo por que determinadas melhorias previstas no plano não estão sendo realizadas. Além disso, o representante da Corsan disse que o documento deveria ter sido revisado em 2018. “Ali tem alguns absurdos que precisam ser revistos”, alertou. Igual a um jogo de canastra, os vereadores ficaram na obrigação. Agora eles precisam dar seguimento a esse tema. Não começaram muito bem, pois ignoraram o assunto no restante da sessão de segunda-feira.

NÃO SENTARAM EM CIMA

A Câmara de Vereadores aprovou a contratação emergencial e temporária de 10 operários para a Secretaria de Obras. É um procedimento habitual da administração municipal no segundo semestre, dado o aumento da demanda que acontece nos meses quentes. O capim e o inço crescem muito nessa época. A diferença neste ano é que o projeto autorizativo passou pela Câmara de Vereadores com a devida antecedência. Quando o serviço extra começar a aparecer, os 10 operários estarão prontos para agir. Em outros anos, o mato já estava alto e a administração ainda não tinha feito as contratações. Outro ponto a destacar: desta vez a Câmara de Vereadores fez o que se espera dela: votou e aprovou o projeto de lei autorizando dos 10 operários na mesma noite em que ele chegou. Não tem cabimento os vereadores ficarem sentados em cima de pautas desta natureza. E olha que as vezes acontece…

A REFLEXÃO DA PROFESSORA

A vereadora suplente Renata Bandeira Guimarães Paetzinger (PDT) aproveitou bem a sua curta passagem pela Câmara. De um modo geral, fez o mesmo que os demais vereadores, apresentando pedidos de placas de trânsito e lixeiras. Contudo, ao explicar os problemas relacionados aos seus pedidos, a professora fez algumas reflexões bem profundas, que podem ser resumidas na seguinte declaração: “No 7 de Setembro se falou muito que Nova Petrópolis é uma Cidade Educadora. Mas não adianta a gente educar se a gente não dá possibilidades para isso”. Ela estava falando do problema do lixo, destacando que as escolas fazem todo um trabalho de conscientização ambiental, mas que às vezes ele é anulado pela falta de lixeiras. E eu acrescentaria que a mesma reflexão se aplica perfeitamente para o trânsito. O que será que as crianças pensam ao ver a confusão de carros, vans e ônibus que se forma na frente das escolas nos horários de entradas e saídas?