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Colunistas

Ela tem trechos em que é um verdadeiro tobogã

10/05/2018 - 11h00min

Atualizada em 11/05/2018 - 09h12min

Vou continuar batendo nesta tecla, que é chata, mas necessária. As obras públicas no Brasil são um verdadeiro caos. Vou continuar batendo nesta tecla porque Ivoti está neste momento incluída no Brasil das obras públicas que são um caos. É que estamos tendo uma obra pública no centro neste momento e sentindo na própria pele as consequências deste caos que inferniza a vida de todos os brasileiros. Enfim, o que não é um caos em se tratando de serviços públicos. A situação é bem pior que muitos de nós imaginamos. Só para lembrar, o que é a BR-448, que começa em Sapucaia e vai até Porto Alegre. A 448 é a tal da Rodovia do Parque, que desemboca na Arena do Grêmio. A obra tinha que ter sido feita há 30 anos. Antes tarde do que nunca. Só que ela é um grande símbolo desta desgraça que graça pelo Brasil inteiro, o caos das obras públicas. Nem um ano depois de concluída recebeu recapeamento. As obras nesta rodovia continuam até hoje. É até um perigo trafegar nela na velocidade permitida de 110 km por hora. Ela tem trechos em que é um verdadeiro tobogã. Além de superfaturada foi mal feita. A 448 tem trechos em que o desnível do asfalto é tanto que os motoristas têm a sensação de descer trechos de declive e depois subir outros com aclive.

ONTEM

Confira qualquer obra de asfalto que é feita hoje com as que foram feitas na década de 90. Há apenas 20 anos o asfalto era perfeito. O acesso a Lindolfo Collor que me lembre nunca precisou de reparos. Ele foi feito uma vez para durar 30, 40, 50 anos. E olha que o tráfego de caminhões pesados ali é grande. O mesmo acontece com a estrada que foi feita na mesma época de Ivoti a Picada Café. Não me lembro de ter sido necessário um recapeamento neste tempo todo. São estradas onde o asfalto é muito bom para não dizer perfeito perto do que se faz hoje em dia.

HOJE

Da década de 90 para 2012 por aí podemos comparar a mesma estrada para Picada Café num trecho que recebeu a terceira pista na Feitoria Nova. Não durou cinco anos e teve que ser refeito. Portanto, num espaço de 15 anos, a degradação dos serviços públicos no Brasil pode ser medida por aí. De 1988, época da redemocratização do Brasil, até hoje, os serviços públicos se transformaram num caos. E não são só as obras públicas. Os serviços públicos talvez estejam em pior situação.

IMPOSSÍVEL

Um pequeno município da região gasta 26% da receita com a saúde e 36% com a educação. São 62% gastos só com estas duas rubricas. A Prefeitura não tem dinheiro para obra alguma. A atual gestão vai completar 2 anos, está chegando na metade do mandato e depende inteiramente de recursos que os deputados distribuem para fazer alguma coisa em termos de obras. O piso para a educação é um mínimo de 25% e para a saúde 15%. Ninguém aqui está pregando a piora da educação e da saúde. O que se está dizendo é que tem alguma coisa de errado. Eu sei exatamente onde está o furo da bala. E também sei que assim não pode continuar.

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