Colunistas
Ele também estava por um fio
Não sei de muitos detalhes, mas me parece que a coleta seletiva de lixo foi um avanço, algo que deveria ter sido feito há muito tempo. A coleta seletiva já diz tudo. Não custa nada para os moradores separarem o lixo em casa e facilitarem a vida um pouco da empresa que recolhe o lixo e dos destinatários finais do próprio lixo. Jogar tudo misturado dentro do caminhão deve ser um horror para quem trabalha com isso. Bastou organizar um pouco e a coleta seletiva foi implantada. Tomara que para sempre. Tudo é possível. O que falta de novo na administração é a devida divulgação da novidade. A divulgação é feita. No entanto, não como deveria ser. Os responsáveis pela divulgação têm que ter a sua preocupação voltada para o conjunto da população, que é heterogênea, composta por pessoas de várias classes sociais, uns mais instruídos, outros não, uns bem organizados, outros não, uns que cumprem fielmente o que é determinado, outros não estão nem aí. Tem que ter um mínimo de fiscalização na rua para ver quem está atendendo as determinações da coleta seletiva e quem não está. Tem tanta gente trabalhando no município que não custa destacar um para se ocupar só disso. Precisa circular pela cidade para ver como é destinado o lixo pelas pessoas. Onde elas deixam o lixo, se o cronograma de um e outro – orgânico e seco – é seguido, orientar as pessoas, falar com as famílias e por aí vai. Como foi possível o município recuar tanto neste assunto? A coleta seletiva já existia e, de repente, virou pó. Não sei em que época, mas a prática se abandonou. Acho que isto é coisa de gente que quer ver sua cidade, além de bonita, higiênica.
EXPLICAR
Imagina o prefeito chegar no Japão e ter que explicar que o lixo aqui em Ivoti é jogado dentro dos caminhões de coleta de qualquer jeito, com papéis inúteis misturados com restos de comida, cascas de banana, carne podre, só para ficar nisso como exemplo. Tem muita coisa pior que é colocado nas lixeiras que o caminhão recolhe. Aliás, este é um bom assunto para o prefeito tratar no Japão na viagem que fará agora no mês de março. Ver como funciona lá a coleta de lixo. Se tem muita diferença lá comparado com o que fazemos aqui. Tem tanta coisa para Martin ver por lá, um país de primeiríssimo mundo, que a viagem, se bem aproveitada, trará muitos frutos para Ivoti. Vale lembrar que o Japão foi destruído na segunda guerra e reconstruído em apenas 30 anos. Na década de 70 já estava por cima da carne seca. É só fazer a coisa certa como eles fazem lá que se chega lá.
FAXINA
Agora falando em termos de País, estamos neste momento com a faca e o queijo na mão. Se o novo governo quiser e fazer tudo certo, o nosso futuro finalmente chegará. Que o povo aprendeu a votar deu para ver nesta última eleição. A faxina que fez ninguém esperava. Só para termos uma ideia, na última sexta-feira foram empossados os senadores. Dos 81 assumiram 54% novos. Dos que se reelegeram todos são das regiões norte e nordeste. Do Mato Grosso para baixo só se reelegeu um único senador. Vocês fazem ideia quem? Paulo Paim. E ele também estava por um fio.