Coluna Estância Velha
Foi um final feliz, mas ainda há o que discutir
Dona Rumilda já tem luz em casa. Após mais de uma semana, a casa da rua Aimoré, no bairro União, não está mais sem energia elétrica. O trabalho da equipe da RGE Sul foi realizado na tarde de ontem. A situação toda abre nossos olhos para – como falei na coluna de ontem – as prioridades e as urgências nos serviços. Uma idosa de 82 anos ficou sem energia elétrica em sua casa por mais de uma semana e foram necessárias três visitas da equipe da RGE, duas trocas de postes e muitas ligações para que esse problema fosse resolvido. Já comentei ontem, mas acredito que valha um novo comentário: é necessário entender que algumas prioridades devem ser vistas, algumas pessoas dependem muito de serviços prestados e, sim, alguns clientes podem esperar um pouco mais quando casos como o de Rumilda estão no aguardo. É questão de humanidade, creio eu.
RESSACA MORAL
Os torcedores brasileiros vistos em um vídeo assediando uma repórter russa durante a Copa do Mundo se mostraram bem abalados com a repercussão do caso. Um deles usou a bebida como argumento. Outro se defendeu e disse que todos eram pais de família e que estavam “estragando a vida deles” com as críticas. Ora, vejam vocês, aparentemente o machismo estraga vidas, não é mesmo? Desculpem a ironia extremamente implícita neste comentário, porém, não me provoca nenhum outro sentimento além de sarcasmo quando vejo homens agindo de forma machista e misógina e acreditando, piamente, que existe alguma justificativa para tal comportamento. O machismo mata, o machismo fere, o machismo estraga vidas e, não, não é da vida de homens que se acham superiores ou no direito de agir como bem entenderem que estamos falando. Estamos falando de mulheres que têm a vida mudada de forma radical e cruel por conta de comportamentos de homens sem respeito. A repercussão deve ser alta, o escândalo precisa ser grande e as consequências, sim, precisam ser exemplares.
AINDA SOBRE A COPA
A temida Alemanha, que nos humilhou durante a Copa do Brasil, aparentemente não está se saindo muito bem em solo russo – pausa para a piada histórica e, um pouco, de humor negro, que essa informação carrega. Podemos ver que futebol não tem lógica alguma, afinal, a seleção alemã traz nove dos titulares da Copa de 2014 e não tem conseguido entregar o desempenho exibido em terras brasileiras – e que sofremos na pele até hoje. Outras seleções também não têm mostrado a que vieram nesses primeiros dias de Copa do Mundo, mas era óbvio que nosso senso de vingança iria focar nos alemães. É aquele antigo ditado, não é mesmo: “um dia da caça e outro do caçador”. Parabéns Alemanha, parece que vocês se tornaram a caça na Rússia.