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Coluna Nova Petrópolis

Governo do Estado dá início ao projeto de concessão da RS-235

20/01/2020 - 10h57min

Passei os 4 anos do governo Sartori esperando que ele efetivasse a concessão da RS-235 e outras rodovias gaúchas à iniciativa privada. Não o fez, igual Leite em seu primeiro ano de governo. Cheguei a temer que o tucano também terminaria o atual mandato sem pôr a mão na EGR. Mas isso começou a mudar na última sexta-feira, dia 10. Por meio do programa RS Parcerias, que já trata da privatização de estatais como a CEEE e a Sulgás, o governador assinou um contrato com o BNDES para concessão de mais de 1.000 quilômetros de estradas estaduais. São os 760 quilômetros atualmente administrados pela EGR e ainda 268 quilômetros de estradas que estão com o Daer. Agora cabe ao BNDES fazer os estudos técnicos necessários para dar andamento às concessões.

O RECADO É CLARO

No ano passado, o próprio presidente da EGR, Urbano Schmitt, esteve em Nova Petrópolis e afirmou reiteradamente que a comunidade local precisa estar atenta à elaboração dos estudos técnicos da concessão. Esta hora chegou.

FORA DO MAPA?

Durante o fim de semana criou-se certa histeria na cidade porque, aparentemente, a estrada entre Nova Petrópolis e Gramado não seria contemplada no projeto de concessões assinado na sexta-feira. De fato, seria algo grave para todos nós, pois não é só uma questão de turismo, mas principalmente de segurança viária. No entanto, as planilhas divulgadas pelo próprio governo são suficientemente claras e tranquilizantes. Ocorre que um jornal de Caxias do Sul (o Pioneiro) fez uma reportagem sobre o plano de concessões e não citou a RS-235 entre as rodovias contempladas na Serra. Mas citou a RS-115, que liga a Gramado via Igrejinha e Três Coroas.

O QUE DE FATO PREOCUPA

Em sua reportagem, o pioneiro destacou três estradas estaduais da Serra que receberão investimentos: além da RS-115, a RS-122 (entre São Vendelino e Farroupilha) e a RS-446 (que liga São Vendelino a Carlos Barbosa). Não significa que o pacote se limita a estes três trechos na região. Mas significa que, para um jornal regional da abrangência do Pioneiro, a ligação entre Nova Petrópolis e Gramado não tem relevância suficiente para receber uma menção em sua reportagem. Temos que refletir sobre isso.

NO CONJUNTO DA OBRA

Essa relevância menor dada pelo Pioneiro para Nova Petrópolis se insere no contexto citado por mim na coluna da semana passada, sobre as placas em Novo Hamburgo e Vila Cristina. São detalhes pequenos, sim. Mas que no conjunto passam um recado incômodo e que não deve ser ignorado por nós.

SOBRE AS PLACAS

Após ler a coluna, o ex-prefeito de Dois Irmãos, Renato Dexheimer, ressaltou que em Novo Hamburgo existe sim uma placa na BR-116 indicando o caminho a Gramado via municípios da Rota Romântica. E me enviou uma foto da grande placa, instalada há mais de 10 anos, durante a gestão dele. É sem dúvida uma placa importante para a nossa região – e de fato é a única que nos favorece naquele lugar. Ocorre que esta placa fica antes do viaduto (para quem vai da capital para a Serra). Quando o motorista chega de fato ao viaduto e tem que tomar uma decisão, são três placas, uma do lado da outra, todas orientando o motorista a dobrar à direita para chegar a Gramado. O motorista de fora, aquele que depende de uma placa para saber o caminho, ele se decide ali, no viaduto. E acaba dobrando por influência das três placas.

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