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Coluna Dois Irmãos

Interessante opinião de Alexandre Garcia sobre a Vale e a “burrocracia” no Brasil

05/02/2019 - 11h00min

Atualizada em 05/02/2019 - 13h16min

-Em apenas uma única quadra, no Centro de Dois Irmãos, em questão de alguns meses, fecharam vários comércios. Fechou uma fruteira, um barzinho, uma loja de motos, uma loja de roupas, uma ferragem, e mais alguma coisa que não estou lembrando, talvez uma clínica ou loja de colchões…
-Nem tudo é culpa da crise, às vezes o ponto não ajuda, às vezes é a falta de avaliação anterior se o segmento terá ou não cliente – naquele ponto! – ou, mesmo, falta de assessoria técnica ou de pesquisa de mercado, costume que aqui, infelizmente, não temos!
– Mas podem apostar que, em todos, o que pesou (não apenas o custo do aluguel, que não é barato), foi a burocracia. Se demora tanto para conseguir abrir uma empresa neste Brasil, que, quando ganha a liberação para abrir as portas, quase todo o dinheiro já foi gasto, então, se não tiver venda, já nasce fechado!
– Não estou dizendo que seja este caso ali, apenas usei como exemplo para falar da “burrocracia” deste País! Como diz o Alexandre Garcia, “culpa dos papéis”…
– Para que tanto papel, tanta burocracia?
– Nos EUA é diferente: deixam o cara abrir, sob juramento. E se abre em questão de dias, de horas, não se leva meses como aqui no Brasil! Mas lá, se tiver alguma irregularidade, está ferrado. No Brasil, é diferente, complicam para abrir as portas, mas depois fecham o olho até que algo mais grave aconteça!
– Dória fez o que os EUA fazem (já contamos isso aqui, há dois anos), autorizando empresas a abrir em dois dias (ou sete, dependendo do caso). Acabou ganhando tanta projeção que deixou de ser prefeito e virou governador.

GARCIA

– Por falar em Alexandre Garcia, ele tem umas sacadas de gênio. Eis duas pinceladas do que ele disse…
– “Será que algum engenheiro que atestou a segurança da represa da Vale foi ao local ou só olhou “os papéis”? No Brasil acredita-se mais no papel do que na realidade, inclusive em blitz no trânsito, se preocupa mais em olhar papeis (documentos) do que o estado do veículo, se o freio está funcionando”…
– “A Vale vai contratar um marqueteiro e se reerguer. Deveria ter contratado bons engenheiros para as famílias não terem de contratar coveiros”.
– Não são frases brilhantes, são simples, até, mas esta é a pura verdade! Tanto é que, até antes de 2018, quem vencia a eleição era quem tinha o melhor marqueteiro. Poderia ser ladrão, o que importava era a imagem criada pelo marketing!
– Alias, sobre a polícia, que ele citou, ela já é gigante por tudo que faz (apesar das parcas condições que recebe), então, certamente poderia fazer muito mais se não fossem os malditos papéis, relatórios, burocracias…

SUGESTÃO

– Há décadas se diz que empreender no Brasil é para louco, tamanho a quantidade de imposto e de burocracia. Então, retomo uma ideia que já escrevi aqui há 15 anos: porque as Prefeituras não colocam um advogado (ou contador) apenas para assessorar futuras empresas, empreendedores e entidades? Imagina o sufoco que as sociedades tiveram quando foram obrigadas a mudar para “associações”?
– Este cargo não prejudicaria escritórios contábeis ou de advocacia, mas, apenas, seria de auxílio às pessoas, inclusive para criar hábito de procurar uma assessoria, coisa que muitos não fazem por achar que sabem tudo ou por não saber que precisam disso!
– Esta aí a ideia para algum candidato a prefeito colocar no próximo santinho, afinal, como diz a mensagem positiva do dia: “A maior missão do Poder Público é, para mim, a de proteger o indivíduo e de lhe oferecer a oportunidade de manifestar a sua personalidade criadora”, Albert Einstein.

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