Conecte-se conosco

Colunistas

Mas não dá para acreditar nisso

09/07/2018 - 11h00min

Volto a falar do tema desenvolvimento, tão caro para o nosso município porque o que falta aqui é justamente desenvolvimento. A gente olha para outros municípios e vê eles crescerem quase que todos mais que Ivoti. Então eu me pergunto: queremos crescer ou não? Queremos nos desenvolver ou não? O mundo todo cresce sem parar há séculos. E isto é saudado por todos porque a vida das pessoas melhora. Se nós crescermos em Ivoti teremos dinheiro para melhorar nossas ruas. Asfaltar várias delas com uma boa qualidade de asfalto e que seja durável. Teremos dinheiro para tantas coisas, inclusive para coisas ruins como inchar a máquina pública de amiguinhos do rei. Em Ivoti, infelizmente, nos últimos 30 anos foi assim. Cada prefeito nomeou um sem-número de amiguinhos do rei. Quando o rei era deposto e a rainha assumia, ou vice-versa, os que estavam nesta condição, ou viravam amiguinhos do novo ocupante do cargo máximo do município, ou eram despejados da Prefeitura. Não é necessário dizer que neste último caso havia muitos na fila para ocupar o lugar dos despejados.

35 CARGOS

Aconteceu numa das últimas trocas de governo. O rei saiu e entrou a rainha no seu lugar. O rei tinha 35 cargos já desocupados antes do fim do seu mandato e pediu para a Câmara Municipal a extinção dos 35 cargos. Sem cargo não dá para nomear ninguém. A Câmara Municipal votou a favor da extinção dos 35 cargos, e ai para quê? Um dos vereadores que votou a favor da extinção virou inimigo da rainha que precisava dos cargos para dar emprego aos seus protegidos. Gente, são 35 cargos que não servem para nada, a não ser para dar emprego pela rainha que estava assumindo a Prefeitura. Quando o rei assumia era a mesma coisa.

NÃO QUER CALAR

Na semana passada fiz a pergunta que não quer calar sobre o fato da previsão de deficit nos próximos 4 anos no governo do Estado ser de R$ 20 bilhões mais ou menos e temos uns 20 candidatos para governador do Estado. Na iniciativa privada ninguém assume uma massa falida e seria chamado de louco se fizesse isso. Mas todo mundo quer governar o Rio Grande do Sul. Como se explica isso? Simplesmente não tem explicação, porque todos sabem que nada farão para melhorar as finanças do Estado. Perguntem a Sartori se ele melhorou as finanças do Estado. O deficit continua igual ao que era antes e o endividamento do Estado aumentou. Nenhum deles acredita que vai melhorar a situação do Estado. Entretanto, querem o nosso voto para em nosso nome administrar o Estado. Se algum deles tiver um projeto para melhorar a vida do gaúcho daria para votar nele. Mas não dá para acreditar nisso pura e simplesmente. Faz 30 anos que a situação só piora e todos os candidatos pedem nosso voto para mudar o quadro. E o mudam de verdade, só que para pior. Pedro Simon, na década de 80, encomendou um estudo para detectar os problemas do governo do Estado. O estudo indicou que havia gente demais, muitos funcionários e um sistema de aposentadoria suicida. O estudo era absolutamente correto e pedia medidas urgentes. Faz 30 anos e não se tomou nenhuma medida. A legislação sobre aposentadorias dos funcionários públicos não mudou em nada de lá para cá. Aliás, mudou, mas para pior. Os privilégios só aumentaram.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.