Colunistas
Merece ser defenestrado do Palácio Piratini
Temos vários assuntos locais para tratar aqui, mas hoje não tem jeito, o negócio é falar de eleições. Afinal, estamos diante da mais importante eleição desde a redemocratização do Brasil, devido à dita polarização entre dois candidatos, o que representa o antipetismo e o outro candidato do próprio petismo. Trata-se da eleição fica-PT ou fora-PT. Portanto, esta eleição nos dará o rumo que o País vai tomar. Os dois candidatos não são os candidatos dos sonhos, mas é o que sobrou para este segundo turno. São os dois extremos, da esquerda da direita, que iremos escolher. Quando escrevo esta coluna não sei o resultado final da eleição. O futuro do Brasil estará nas mãos de quem ganhar. Antigamente, quando o PT estava na oposição, pregava em todas as eleições o continuísmo ou a mudança. O PT representava a mudança. Agora inverteu. O PT representa o continuísmo e Bolsonaro a mudança. Sinal dos tempos!
ESTADO
Aqui no Estado o governador eleito é o opositor Eduardo Leite, confirmando a nossa história de nunca ter sido eleito um governador que disputa a reeleição aqui no Estado. Sartori pagou o preço de sua tibieza para tomar as decisões à frente do Estado. Ele assumiu um governo literalmente falido e tinha capital político para tomar as mais importantes decisões nos primeiros seis meses do governo. Alguns até pregam que um governo, quando precisa tomar medidas “impopulares”, tem que fazê-lo não em no máximo seis meses, mas nos primeiros 100 dias. Pelo contrário, ele passou o primeiro ano inteirinho perambulando pelo interior do Estado para dar conta da situação do Estado. Não precisava tê-lo feito. Todos sabiam da situação do Estado. O que Sartori precisava fazer era tomar medidas duras, drásticas, para começar logo a sanar as finanças do Estado. O Rio Grande do Sul está entre os três piores estados do Brasil em termos de finanças combalidas. E o deficit a cada ano que passa continua, aumentando ainda mais a dívida do Estado.
EXEMPLO
Um exemplo de medida que Sartori deveria ter tomado. Por que não fechou a EGR no primeiro dia em que assumiu? Não serve para nada e o Estado já tem o Daer que faz a mesma coisa. A EGR está lá até agora. Por que não extinguiu as autarquias no primeiro dia em que assumiu? Fez, mas apenas no terceiro ano de governo. Outra coisa: por que não pediu autorização para a Assembleia sobre a realização do plebiscito para vender a CEEE, Sulgás e Cia. de Mineração? Só a Sulgás é lucrativa, mas por que o Estado tem que ter empresas para administrar, quando a sua função é bem outra? Se tivesse pedido autorização para vendê-las no começo do governo, tudo teria sido diferente. Sartori apenas pediu autorização para vender as estatais agora no final do seu governo. Aí não dá. Se estivesse à frente de um Estado com condição razoável em termos de finanças até daria para tolerar estes deslizes de seu governo. Entretanto, o Rio Grande do Sul está falido. O governador não tinha o direito de ser tão lerdo. O Estado precisa de medidas urgentes e que não podem esperar.
IMPOSTO
Sartori só foi rápido na hora de aumentar jo ICMS sobre gasolina, luz e comunicações, que foram majorados de 25 para 30%. Nisso ele não perdeu tempo. Merece ser defenestrado do Palácio Piratini.