Não faz o menor sentido

Esta história de extinção de municípios com menos de 5.000 habitantes ou que arrecadem mais de 10% de receita própria é brincadeira de mau gosto. Não faz o menor sentido. Quase que tive que rir da notícia, de tão esdrúxula. Ela só pode ter uma explicação. Aquele bode que botam na sala para depois tirar se a reação é grande. De qualquer forma uma total ignorância de nossas autoridades federais. Se tem uma coia que funciona querem eliminar. Sempre estoura nos mais fracos. É claro que esta medida não passa Seria o maior absurdo da história do Brasil desde que foi descoberto no ano de 1.500.

CORDA

A corda sempre estoura nos mais fracos. Que grande economia representaria acabar com um município perto do desperdício que existe nas grandes cidades e, principalmente, na ilha da fantasia em Brasília. Estes caras em Brasília não tem a menor ideia da realidade dos pequenos municípios. Vivem e se criaram nas cidades grandes e acham que é barbada acabar com pequenos municípios. No fundo vai dar uma revolução das populações destes municípios. Meu Deus, que absurdo! Não vou nem falar no outro lado da moeda. O desenvolvimento que tiveram estes pequenos municípios depois que passaram a ter vida própria. Imaginem Presidente Lucena ainda pertencendo a Ivoti, Lindolfo Collor e, principalmente, São José do Hortêncio. O caso de Hortêncio era mais sério antes de se emancipar. Estava esquecida. A Prefeitura de Caí simplesmente abandonou o então distrito. Arrumavam as estradas uma vez por ano. Eram tudo estradas de roça. Agora vem o governo federal querer que Hortêncio volte para Caí. Só pode ser brincadeira de mau gosto.

HORTÊNCIO

Depois que se emancipou em 1988, Hortêncio ganhou no mínimo umas três vezes o prêmio de município de melhor gestão fiscal do Brasil. Agora mesmo saiu de novo o levantamento do ano passado e Hortêncio de novo é o melhor de toda a região. As administrações dos pequenos municípios não são nenhuma Brastemp. No entanto, são melhor geridos do que qualquer outro município. Hortêncio praticamente não tem mais estrada do interior de chão batido. Está tudo asfaltado. Você vai para o Campestre e só anda no asfalto. A Prefeitura de lá deve estar com alguns milhões em caixa. Toda elas que ficam na área de abrangência do Diário se encontram bem, são exemplos de administração perto dos grandes municípios. O desperdício está nas capitais e em Brasília. É ali que o nosso dinheiro é engolido por políticos famintos que só pensam em roubar. Mandamos o dinheiro para lá e eles não devolvem nada. Sinceramente, esta foi uma das mais esdrúxulas medidas que algum governante tomou em toda a minha vida. Jamais pensei que um dia ia me deparar com um absurdo desses. E olha que não faltam absurdos neste país. Imaginem Lindolfo Collor, Hortêncio e Presidente Lucena fundidos num único município. Só mesmo burocratas e políticos em Brasília para defender uma medida dessas. E quem nunca visitou um município pequeno. Amanhã vou me aprofundar mais no assunto para demonstrar o tamanho do absurdo que cometeram.