Coluna Dois Irmãos

Novos partidos em Dois Irmãos

24/10/2018 - 11h00min

Atualizada em 24/10/2018 - 14h49min

– Entre os vários frutos que esta eleição nos trará, um deles será o nascimento de mais partidos nas cidades.
– Aqui em Dois Irmãos, podem apostar que três novos partidos devem surgir, devido ao sucesso deles nas urnas, seja aqui ou Estado afora: Partido Novo, PSL e PSDB.
– Indiferente do resultado das eleições no segundo turno, creio que não demorará muito para o PSL do Bolsonaro e o PSDB do Eduardo Leite serem criados.
– Um partido que demorou para nascer aqui e não nasceu ainda foi o PSD, do Danrlei e do Cairoli, vice-governador do Sartori. Não acha?
– Na eleição de 2010, o PSB tinha sido o partido que havia eleito o maior número de governadores do Brasil e não tinha PSB aqui. Não foi nem preciso citar a terceira vez que o PSB tinha eleito seis governadores (inclusive o vice-governador do RS, Beto Grill, vice de Tarso) que o PSB foi criado aqui.

OUTROS TEMPOS

A CPI sepultada, as mortes no hospital e outros assuntos políticos continuam gerando polêmica na cidade. Não vamos comentar estes assuntos, apenas continuar fazendo menção que todos precisam refletir sobre as mudanças no Brasil. Os protestos de 2013 foram o 1º round na mudança no Brasil e a eleição deste ano foi o 2º. Daria, ainda, para acrescentar, nesta seleta lista, a greve dos caminhoneiros de junho deste ano, que parou o Brasil, organizada apenas via redes sociais e aplicativos de mensagens. Os tempos são outros. Foi-se o tempo em que os políticos vendiam uma realidade inexistente. Podem até tentar, mas não vai colar. Da mesma forma, a imprensa não é mais a dona da caneta e da informação. O monopólio acabou!

ALCKMIN

– Aliás, se fosse pelo “poder de fogo” na mídia (algo descolado das ruas, da vontade do povo ou das redes sociais), Alckmin teria sido eleito no 1º turno, pois de 10 minutos de horário eleitoral na TV, seis eram dele. Mas, ao contrário, o vencedor do 1º turno foi um candidato com 8 segundos de TV.
– Em outros tempos, o candidato com mais tempo de TV vencia facilmente. A Dilma ainda pôde fazer isso em 2014, conseguiu segurar a crise até vencer as eleições, mas dois meses após a posse – com golpe ou sem golpe – já tinha milhões de pessoas nas ruas. Ou seja, de 2014 a 2018 vocês viram como a coisa andou e como tudo mudou?
– Está aí a resposta das urnas do 1º turno para comprovar o que estou dizendo. É bom que a imprensa, as Prefeituras, os políticos e as empresas, enfim, nós todos como sociedade civil, jamais esqueçamos do seguinte: o poder de mobilização do povo para operar mudanças. As redes sociais e aplicativos de mensagens podem até ser a “latrina da sociedade” (como disse o Faustão) ou “dar voz a um bando de imbecis” (frase do Umberto Eco), mas, apesar disso, devemos acreditar que, salvo exceções, estão mudando o Brasil. Um exemplo positivo, colhemos nas urnas, onde o povo mandou para casa alguns políticos que estavam em Brasília há 30 anos, vivendo às nossas custas e sem fazer nada, a não ser conchavos! Jucá, Requião, Edison Lobão, Jorge Viana, Cunha Lima e outros senadores ficarão desempregados!
– A mensagem positiva do dia: “Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam conosco”, La Rochefoucauld, duque moralista francês. Apesar da frase ser dos anos 1.600 é bem atual nestes tempos de ânimos exacerbados por conta da “grenalização” política.

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