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Coluna Estância Velha

O bem sempre vai vencer

09/08/2018 - 11h00min

Na edição do jornal de terça-feira, 7, foi veiculada uma matéria de minha autoria sobre Célia dos Santos, uma mulher, mãe de sete filhos, que vive com um salário-mínimo no mês. Foi uma história interessante que tive o prazer de trabalhar. Enfim, na terça ainda recebi uma mensagem de uma moça de Novo Hamburgo que faz parte do grupo Amigos do Bem e que, após ler minha reportagem, decidiu ajudar Célia. Situações assim me dão um calor no coração, mostram que o trabalho feito pela mídia não é só o de mostrar roubalheira de políticos e tragédias, mas também o de prestar um serviço para a comunidade, seja auxiliando para que demandas ignoradas pelo poder público sejam resolvidas, ou seja, ajudando quem precisa da forma que pudermos.

DISCUSSÕES

A sessão da Câmara de Vereadores de Estância Velha da última terça à noite foi marcada por uma série de discussões. A votação de rejeição ou manutenção dos vetos da prefeita Ivete Grade levou os parlamentares a “saírem dos eixos” por algumas vezes. Não estou aqui para julgar, afinal, somos todos humanos, mas é sempre importante que se lembre que estão todos sendo vistos e que esse tipo de situação causa não só desconforto, como uma situação onde a população começa a ver seus representantes de outra forma. Discussões são comuns, principalmente em assuntos mais polêmicos, ou mais complicados de se debater, porém, um nível deve ser mantido – não que tenham baixado demais ele, mas ainda assim.

MARIA DA PENHA

A vereadora Márcia Ribeiro relembrou o aniversário de Maria da Penha. A lei completou 12 anos e, ainda assim, não a vemos ser tão eficaz quanto deveria – ou poderia. Ainda vemos mulheres sendo tratadas como propriedades, sendo taxadas de diversos rótulos por decisões que, para homens, são comuns. Precisamos fazer com que a Lei Maria da Penha não seja apenas mais uma das tantas que são esquecidas em nosso País. Devemos entender que não podemos ser alheios ao que passam as mulheres brasileiras, que não podemos julgar as pessoas e que a vítima não deve ser culpada pelos atos violentos que sofreu. Em briga de marido e mulher, se mete a colher, mete-se a polícia, mete-se o Estado e o sistema, mete-se a lei. Não podemos deixar que outras Bárbaras Hoelscher sejam vítimas do que o machismo faz com a sociedade brasileira.

ENTENDIMENTOS

O vereador suplente, Carlito Borges, comentou durante a sessão que não votaria sobre os vetos da prefeita Ivete por não ter lido os projetos. Após uma discussão com a vereadora Márcia, a falta de tempo por ter outro trabalho além da Câmara, foi a justificativa. Vou deixar Carlito de lado aqui e generalizar o parlamentarismo brasileiro. Quantos representantes do povo votam em projeto sem terem lido os mesmos? Apesar de todos os pesares, concordo com a posição do vereador. Prefira se abster do que votar em algo de forma leviana. Sem entendimento de causa, os erros são mais fáceis de serem cometidos. Acreditem, já vi acontecer.

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