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O Brasil entrou numa recessão profunda de 2014 a 2017

10/04/2018 - 11h00min

No ano passado crescemos apenas 1%, que é a mesma coisa que nada. Neste período perdemos 8% do PIB nacional. Temos que cavocar para voltar ao que era em 2014. Nem crescendo 3% neste ano saímos do buraco. Em termos per capita, como a população cresce, a queda foi de 11%. Este foi o resultado das maluquices produzidas pelo governo Dilma, que começaram muito antes. Começaram quando Lula resolveu escolhê-la para sucedê-lo. Colocou um poste que foi literalmente um poste. O Brasil conviveu nestes três anos com a pior recessão da sua história. Não é pouca coisa. Esta recessão tinha que ter produzido todas as reformas necessárias para colocar o Brasil nos eixos. Mas nada disso aconteceu. O máximo que conseguimos foi produzir uma meia sola de reforma trabalhista e a principal delas não saiu, a reforma da previdência. Pergunto: se não fizeram com o governo quebrado, o que esperar a partir de agora quando a arrecadação de impostos começar a crescer? Infelizmente ficaremos lambendo as feridas do passado por muito tempo. Um crescimento estável não vai acontecer. Só espasmos como o deste ano. O governo sufoca os empreendedores com impostos doentios. Os empreendedores que produzem o crescimento transferem o dinheiro que sobraria para investir para o saco sem fundo do governo. Moral da história: sem reformas profundas vamos cavar um buraco ainda maior nos próximos anos.

AUMENTO

<10>O prefeito Martin resolveu não dar aumento nenhum para os servidores públicos neste ano. Em compensação, quer aumentar o auxílio-alimentação para compensar a falta do aumento do salário. Neste ano os aumentos previstos não chegam a 3%, porque a inflação oficial não chegou a este percentual. É óbvio que a Prefeitura tem que segurar o aumento do pessoal porque o valor da folha está batendo no teto do limite constitucional. Nos últimos anos sempre foi dado mais aumento do que a inflação. Ainda no ano passado a prefeita aumentou o salário dos funcionários em 7,2%, quando a inflação oficial foi de 6,29%. No ano passado, a Prefeitura estava em maiores dificuldades do que hoje. Maria assumiu com as finanças em destroços. Mesmo assim, contra as opiniões de tudo e de todos, não quis saber e lascou aumento real de mais de 1%. Não era hora para isso. Prefeito que não é gestor não liga para nada. Ele só quer fazer uma média com os funcionários, nem que faça pequenas loucuras. Foi o que aconteceu no ano passado.

PIOR CAMINHO

<10>O prefeito Martin, no entanto, está escolhendo o pior caminho para compensar a falta de aumento para os servidores municipais. Compensar com o vale-alimentação, a médio e longo prazo, produz o efeito contrário. No histórico dos aumentos vai constar que em 2018 não foi dado aumento e ninguém vai querer nem ouvir falar que foi compensado pelo vale-alimentação. É só o prefeito pegar o histórico dos aumentos dos últimos 10 ou 20% e provar o aumento real que foi dado neste período. Os 2,7% da inflação não significam nada neste contexto.

DISFARÇADO

Com estas manobras dos nossos homens públicos fica evidente mais uma vez que o vale-alimentação serve para tudo, menos para cumprir a sua finalidade, que é ser usado nas refeições do dia a dia.

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