O motivo

TRANSFORMAÇÃO

A imprensa tem o papel primordial de informar, sendo que uma das principais bases consiste em servir à sociedade na qual está inserida.

Não é apenas comunicar, mas transformar.

É dar voz às questões sociais, principalmente aos que não tem vez. Temos como exemplo daqui o caso de uma moradora com lúpus, que ficou três anos esperando atendimento médico, definhando; foi feita reportagem e, hoje, ela tem acesso ao tratamento, medicamentos e está encaminhando auxílio-doença.

E, também, perpetuar nossa cultura local. O jornalismo, seja lá através de que meio, tem responsabilidade em difundir o que nos trouxe até aqui para sabermos quem somos, sem esquecer de onde viemos.

HUNSRIK

No final da semana passada publicamos um vídeo lá do Teewald, do pequeno Mathias Zimmer, 8 anos. Ele declama uma poesia em Hunsrik, falando do Papai Noel.

O trabalho, feito pela professora Márcia Fenner, ganhou grandes proporções.

Vou até deixar link abaixo para que possam acessar: 

Não é o primeiro vídeo neste sentido que divulgamos. Já foram feitas várias reportagens – de autoria própria, princialmente com crianças. E toda vez a repercussão é gigante – porque a própria sociedade sabe da importância de cultivar este legado.

RESPONSABILIDADE

Trouxe este exemplo, do vídeo e da responsabilidade da imprensa, porque acredito piamente que estamos na última geração capaz de ensinar o Hunsrik à próxima.

Se não for agora, nunca mais será!

E nestes eventos que estão sendo organizados para o bicentenário da imigração alemã, espero, sinceramente, que se evidencie o Hunsrik, que se fale o Hunsrik, que se escreva o Hunsrik, que os protocolos sejam em Hunsrik.

Não pode ser um enfeite alusivo. Deve ser empregado de fato.

ESCOLAS

Tal qual as escolas da região. Quantas tem o Hunsrik em sua grade curricular?

Daqui a pouco vão ler nos livros de história que essa língua um dia existiu… mas vão deixar que se perca. Administrações, secretarias de educação, tem uma responsabilidade muito grande agora. Façam o que precisa ser feito.

Por isso parabenizo Santa Maria do Herval. Não por eu ser de lá, mas porque lá vemos a dedicação em manter o Hunsrik, principalmente pelas atividades da professora Márcia Fenner, assim como a Solange Johann.

POLÍCIA CIVIL

Quem acompanhou o jornal viu que nos últimos dias não saíram matérias da Polícia Civil. Isso porquê a Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (ASDEP) decidiu não passar mais dados para a imprensa, como forma de pressionar o governo do Estado para a recomposição das perdas salariais da categoria.

Enfim, nada tem a ver com a atuação da polícia local, que teve que seguir ordens.

No entanto, na segunda-feira, a ASDEP voltou atrás.

Digamos que não entendi muito bem a decisão da Associação. Em vez de usar a imprensa para pressionar o governo, optaram por colocá-la no meio da briga como se isso fosse atingir o governador.

Mas, ao que consta, tudo está voltando ao normal. Afinal, é a imprensa que os aproxima da comunidade. É fundamental divulgar o bom trabalho da nossa Polícia Civil, assim como da Brigada Militar, para que os bandidos saibam que aqui não tem vez. Jornais e órgãos públicos se complementam neste sentido, exemplo que se insere no primeiro tópico desta coluna.