Colunistas

Onde estava o editor e o seu veículo de comunicação durante estes quatro anos?

30/08/2018 - 11h00min

Atualizada em 30/08/2018 - 11h14min

OPORTUNISMO

É uma pena que tenhamos um grande veículo de comunicação em cidade vizinha, que deixou nos últimos tempos de cumprir com a sua missão de divulgar as notícias tal qual elas se apresentam, especialmente um repórter muito conhecido que atua há anos neste veículo depois de trabalhar aqui no Diário algum tempo. Não tenho nada contra a pessoa dele, trata-se de um grande profissional, tanto que galgou postos e hoje se encontra na condição de editor de alguma coisa. Ao menos escreveu um editorial nesta condição na sexta-feira falando da busca e apreensão ocorrida na casa do ex-prefeito e do diretor da Autarquia Água de Ivoti, além da Prefeitura e da própria Autarquia. Foram cumpridos 15 mandados de busca e o editor a que me refiro escreveu um editorial cujo título foi que a Autarquia Água de Ivoti se encontrava no fundo do poço. Uma pena que ele não participou desta viagem rumo ao fundo do poço. Nem ele tampouco o veículo em si deram as caras durante quatro anos de denúncias inclusive duas CPIs que foram feitas na Câmara Municipal.

FANTASMAS

O nosso querido editor, que agora resolveu mostrar a cara, não se sabe onde estava nos últimos 4 anos. Tampouco o seu veículo de comunicação, que cometeu uma omissão inexplicável. O referido veículo circula há muito mais tempo na cidade de Ivoti, mas de tempos para cá não é mais afeito a coberturas jornalísticas que envolvem órgãos públicos. Durante todo este tempo o Diário fez inúmeras denúncias de malversação do dinheiro público, que as autoridades policiais chamaram na última quinta-feira de organização criminosa e prática de corrupção. Houve inclusive uma denúncia do Ministério Público contra 20 dos envolvidos aceita pela Justiça. Onde estava o editor e o seu veículo durante estes quatro anos? Foram literalmente uns ilustres desconhecidos, pois ignoraram completamente tudo. Nem tampouco escreveram uma única linha sobre as duas CPIs deflagradas na Câmara Municipal. Fizeram ouvidos moucos, foram cegos e mudos. O Diário lamentou porque ficou sozinho na batalha para tentar moralizar o serviço público e defender o dinheiro do povo que estava indo para as mãos erradas. Portanto, havia motivos e material de sobra para noticiar, mas foram longos quatro anos sem que ninguém aparecesse aqui muito menos divulgasse uma linha sequer.

BUSCA E APREENSÃO

Agora durante a busca e apreensão da semana passada o referido veículo compareceu com toda a pompa e circunstância. A pergunta que não quer calar: onde estavam durante quatro anos em que o promotor denunciou os envolvidos, quando aconteceram duas CPIs? O referido jornal não deu uma única linha. E o grande repórter que continua até hoje cobrindo eventos de polícia também ficou sumido. Agora, na semana passada, quando a administração municipal da época deixou a Prefeitura, eles aparecem como se tudo aquilo fosse novidade. Tivessem tido um mínimo de interesse nos últimos quatro anos e já estariam familiarizados com o que aconteceu na semana passada. Nunca se interessaram e na semana passada estavam mais interessados do que nunca. Um funcionário da Prefeitura disse que deu vontade de dar um pontapé na bunda daqueles repórteres fantasmas que surgiram não se sabe da onde.

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