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Operação Desmanche em Portão registra sua maior apreensão de sucata automotiva

24/04/2018 - 13h24min

POR CARINE BORDIN/SSP COM INFORMAÇÕES DA FT OPERAÇÃO DESMANCHE

A força-tarefa da Operação Desmanche apreendeu cerca de 400 toneladas de sucata automotiva em ação realizada nesta terça-feira (24), em Portão, no Vale do Rio dos Sinos. A 63ª edição da operação representa a maior apreensão já feita desde o início das atividades, em fevereiro de 2016. Foram recolhidas cerca de 40 carcaças de ônibus, além de diversas peças de motor pesado.

O estabelecimento, localizado na zona norte da cidade, foi interditado por crime ambiental. No local, que fica próximo a um rio, peças com vazamento de óleo apresentavam risco de contaminação.

De acordo com o coordenador adjunto da FT, inspetor Anderson Campos, a apreensão histórica é reflexo do trabalho conjunto realizado por toda a equipe. “Atuamos de forma efetiva em todo o RS, com o intuito de combater crimes como receptação e desmanche de veículos. Ações como a de hoje mostram que estamos no caminho certo, identificando e interditando os maiores estabelecimentos irregulares do Estado”, afirmou.

A maior apreensão registrada pela operação ocorreu em novembro de 2017, quando foram recolhidas 250 toneladas de sucata automotiva em Soledade, na região do Alto da Serra do Botucarai. A Operação Desmanche já resultou na interdição de 99 locais, na apreensão de cerca de cinco mil toneladas de sucata automotiva, além da prisão de mais de 60 pessoas.

Trabalho integrado

A operação integra esforços da Polícia Civil (PC), da Brigada Militar (BM), do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e do Detran RS. As peças apreendidas são encaminhadas para a Gerdau, que, a partir da parceria com o Estado, as transforma em material de trabalho e dá um novo destino para os objetos por meio de reciclagem.

A ação já passou por 35 municípios: Portão, Passa Sete, Candelária, Curumim, Soledade, Santa Maria, Carlos Barbosa, Sapiranga, Eldorado do Sul, Erechim, Guaíba, Porto Alegre, Cachoeirinha, Portão, Gravataí, Viamão, Sapucaia do Sul, Canoas, Novo Hamburgo, Montenegro, Pelotas, São Sebastião do Caí, Estrela, Parobé, Esteio, Alvorada, Camaquã, Caxias do Sul, Arroio dos Ratos, Capão da Canoa, Torres, São Leopoldo, Almirante Tamandaré do Sul, Rio Pardo e Sarandi.

Força-tarefa

A força-tarefa foi designada pelo governador José Ivo Sartori para atuar na fiscalização dos estabelecimentos ilegais. Cada um dos órgãos envolvidos tem uma função específica nas operações. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) coordena o trabalho e define os alvos, por meio do Setor de Inteligência. O IGP tem a função de identificar peças roubadas e atua na parte criminal das operações, juntamente com a Polícia Civil, que também efetua as prisões. O Detran RS autua administrativamente as empresas e coordena a apreensão da sucata e sua destinação para reciclagem. A Brigada Militar faz a segurança da operação com policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).

Consulta a peças

O consumidor pode ajudar a desestimular o comércio ilegal de peças usadas, comprando somente em empresas credenciadas ao Detran RS. Essas empresas têm, na fachada, o logotipo do órgão. Além disso, cada peça é vendida com código de barras e nota fiscal eletrônica. Também é possível consultar no site do Detran RS a relação de empresas credenciadas e fazer uma busca por peças e por município. Nos chamados Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), além da garantia de origem lícita, as peças passam pelo aval de um responsável técnico, que atesta as condições de segurança.

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