Colunistas
Os ataques aos dois caixas eletrônicos de Joaneta, ocorridos na madrugada de sábado, deixaram muitas incertezas
Primeiro: será que o Banrisul e a Cooperativa Sicredi vão reconstruir os terminais? Será que vale todo o investimento para depois, um dia ou noite dessas, eles voltarem e destruírem tudo novamente. Ao que tudo indica o debate será longo e necessário. A gente pode até sentar e analisar, mas nunca se chegará a um acordo entre todos.
DIVIDIDA
Estive na Joaneta na madrugada e manhã de sábado. Bom, ali pude conversar com muitas pessoas. O que se percebe é que a comunidade está dividida quanto a necessidade destes terminais. Bom, para a maioria que tem veículo eles são ou devem ser desnecessários. Mas para aqueles que não possuem meio de transporte para se deslocar até o Centro eles são sim a única chance se sacar algum recurso, seu benefício, enfim.
TRABALHADORES
Mas os terminais são mesmo mais para os trabalhadores das nossas indústrias. Estes, ou muitos deles, só tem este local para sacar, pagar conta, enfim, receber seu salário. Não podemos esquecer que muitos saem de casa ainda na madrugada e chegam a noite. Qual o outro lugar que poderiam fazer isso? Sem contar que muitas vezes sequer há dinheiro disponível nos terminais no Centro. Ou seja, numa dessa esse povo fica com as mãos atadas.
DO ZERO
Uma coisa é certa. Se Banrisul e Sicredi forem manter os terminais em Joaneta, terão que começar do zero. As duas estruturas ficaram completamente comprometidas com o ataque e terão que ser demolidas. Acredito que ambas as instituições financeiras devam fazer uma análise aprofundada entre custo e benefício dos terminais. Claro, benefícios sempre tem, mas o custo é elevado. Ainda mais que este tipo de ação, de ataques a bancos e terminais, tem se tornado rotina nos últimos dez anos. Esses dois de Joaneta haviam sido atacados em 2015. Ou seja, se a cada três anos vai ocorrer ataques assim fica inviável as instituições financeiras fazer o alto investimento.