Conecte-se conosco

Coluna de Ivoti

Panela de pressão – 11/03/25

11/03/2025 - 11h03min

Por Raul Petry

ÁGUA

No dia 22 de março transcorre o Dia Mundial da Água. É uma data importante, na medida que a água é o fator preponderante para a existência da vida. Em Marte, por exemplo, não existe vida porque não se encontra um sinal da existência da água. Aqui em Ivoti padecemos por muito tempo pela existência da Corsan entre nós. Não dá nem para se lembrar. Os governos municipais da época pagavam a água que consumiam e cediam as máquinas para fazer os reparos na rede sem cobrar nenhum centavo da Corsan. Era uma espécie de conluio entre as partes. Tudo era serviço público e um pagava a conta do outro com a maior sem-cerimônia. O problema nas décadas de 70, 80 e 90, que se estendeu até 2012 foi a falta da água para o consumo da cidade. A Corsan era uma desgraça. O nome Corsan na época virou palavrão. Hoje ela melhorou um pouco, mas os municípios que ainda convivem com ela tem inúmeros problemas. Um deles é a qualidade da água, geralmente captada em arroios e rios, que podem ter água potável ou mesmo cheirando a esgoto.

LUZ

Outra desgraça com a qual tínhamos que conviver no dia a dia era a CEEE, mais uma estatal gaúcha do governo do Estado e que fornecia um péssimo serviço para a população. A falta de luz era constante, os postes eram todos de madeira. A CEEE literalmente foi saqueada pelos seus próprios funcionários que moviam ações milionárias na Justiça do Trabalho com a conivência dos próprios advogados da estatal, que não faziam a defesa da empresa. A CEEE foi fatiada em três empresas e hoje quem é o dono da CEEE ao menos na nossa região é a RGE, uma empresa chinesa. Os problemas diminuíram muito, a queda de luz por qualquer ameaça de mau tempo acabou e temos que saudar a iniciativa privada por nos ter proporcionado uma vida melhor sem a presença do Estado fornecendo serviços para a população. A água hoje é do município. Na verdade, não mudou muito, mas o suficiente para proporcionar um serviço melhor.

COMUNICAÇÃO

A terceira empresa fazia parte do trio de estatais ineficientes e que provocavam muitos problemas para os gaúchos foi a CRT. Deus me livre. Quando o mundo inteiro já convivia com comunicação muito melhor, aqui na década de 90 um telefone custava R$ 20.000,00 a R$ 30.000,00 no mercado paralelo. Quem queria comprar da CRT tinha que entrar numa fila que podia levar anos para conseguir um telefone. Aliás, telefone era sinônimo de status porque poucos tinham um. Agora mudou tudo e estamos inseridos num contexto mundial que não tem mais fronteiras.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.