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Coluna de Ivoti

Panela de Pressão – 19-08-2025

19/08/2025 - 00h16min

Por Raul Petry

BRASÍLIA
O prefeito Valdir Ludwig está em Brasília em busca de verbas para a duplicação da Av. Castro Alves. Como o projeto está pronto, falta iniciar a obra. Como o prefeito já repetiu que quer terminar a obra antes do final da metade do seu mandato, o negócio é correr atrás de dinheiro. Lá por fevereiro ele disse que se faltasse verba ia até fazer um empréstimo para a conclusão da obra. No entanto, neste caso iria pagar o empréstimo antes do final do mandato.

SUPOSIÇÃO
Naquele momento, o mandato de Valdir estava apenas iniciando e ele tinha a convicção de que não iria concorrer à reeleição. A ideia pode ser a mesma, mas ela pode também mudar. Tem vários casos de prefeitos que se elegeram um único mandato e durante o transcurso da legislatura mudaram de ideia. Muita água vai rolar por debaixo da ponte até o ano de 2029. Amigos viram inimigos e inimigos viram amigos. Na política tudo é possível. É o que está prestes a acontecer num município próximo a Ivoti.

UM
Conheci um prefeito que disse já nos primeiros meses que estava enjoado de ser prefeito e que, se pudesse, largaria o mandato naquela hora mesmo. Ele terminou o mandato, mas não gostava de ser prefeito do primeiro ao último minuto. Tanto que cumpria sua agenda de prefeito somente meio dia. No outro turno continuava a exercer sua carreira de médico. Este prefeito foi Paulo Buchmann, o primeiro e único prefeito que o PMDB, atual MDB, conseguiu eleger aqui em Ivoti.

POSITIVO
Voltando ao atual prefeito. É muito positiva a iniciativa do prefeito, que não canso de elogiar por causa da atitude de começar o mandato e no primeiro ano agir como se estivesse no último às vésperas da eleição. Ele tá tocando obras e para a quantidade de iniciativas que está tomando, é preciso apelar para verbas federais. Infelizmente o Brasil é um país centralizador. É o fim da picada mais de 60% da arrecadação estar na mão do governo federal.

TUDO
Ali em Brasília o dinheiro que sai daqui se presta para tudo. Só para terem uma ideia. Santa Catarina só recebe de volta 10% de tudo que manda para Brasília. O Rio Grande do Sul está um pouco melhor, retorna para cá cerca de 15%. Os prefeitos vão para lá porque o dinheiro está lá e tentam trazer alguma coisa de volta. É bem verdade que ninguém precisaria viajar hoje em dia, numa época em que você se comunica com o mundo todo ao toque de um celular. No entanto, devemos reconhecer que de forma presencial o resultado pode ser melhor.

IMPRESSÃO
O novo prefeito deixou claro da importância de ir a Brasília trazer recursos de lá. Isso ele frisou na sua primeira aparição na Câmara Municipal. Ele incentivou os vereadores a irem para lá buscar dinheiro. Até agora, meio ano depois, ninguém foi. Ivoti não tem esta tradição de vereadores viajar.

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