Coluna de Ivoti
Panela de Pressão – 19-11-2025
Por Raul Petry
LIBRAS
Tem um projeto tramitando na Câmara Municipal que modifica algumas coisas das audiências públicas, quando são realizadas por lei. O projeto é de autoria do vereador Márcio Guth. O projeto dele teve duas emendas e uma delas do colega Arlei, que achei completamente desnecessário. Nada contra os deficientes auditivos, que são pessoas especiais e merecem todo o nosso apoio. No entanto, a emenda de Arlei pode abrir um precedente que vai além deste projeto em especial. Daqui a pouco vai alguém lá e manda a Câmara contratar um intérprete de libras, que é a linguagem entendida pelos deficientes auditivos. Não me lembro de ter visto algo parecido em nenhuma outra Câmara Municipal.
R$ 1.000,00
Para Arlei, cada vez que um deficiente auditivo manifestar interesse em assistir a audiência pública, o Legislativo deverá contratar um intérprete de libras para que seja feita a transcrição do que está acontecendo ali. Ainda bem que a emenda foi retirada, pois não fazia nenhum sentido. Existe ata, existem outros meios para ajudar aqueles que padecem desse mal. Reuniões do Congresso Nacional têm intérprete mas aí é outro departamento. Um especialista nesta área cobra de 800 a 1.000 pelo serviço.
AUDIÊNCIA
Na sessão de hoje o vereador Ivanir Mees vai entrar com uma emenda que exige a realização de audiência pública cada vez que o Executivo faz uma permuta de área, para que não possa mais vender ou trocar áreas sem a realização de audiência pública. O projeto se origina no fato de dois negócios propostos pelo Executivo foram desfeitos depois da reação da população.
BANCADA OFICIAL
Vamos chamar assim, a bancada de seis vereadores que apoiam o Executivo. Eles assinaram uma proposição mudando a Lei Orgânica para possibilitar que o vice-prefeito possa assumir uma secretaria. E, também, que mesmo não exercendo o cargo de prefeito, ele receba 44% do salário do prefeito. São duas propostas que serão aprovadas pois contém a assinatura da maioria dos vereadores.
DEIXA ASSIM
É claro que os vereadores estão lá para legislar. No entanto, em muitos casos, é melhor que não façam nada, pois pior que não fazer nada é fazer errado. Quando o atual governo propôs a reforma tributária no começo desta legislatura, estava na cara que não seria para diminuir impostos. Qualquer reforma que eles propõe é para pior para a população e não melhorar a vida de todos nós. Três anos depois da reforma, todos concluem que teria sido melhor deixar como estava. A carga tributária, que já estava nas nuvens, vai aumentar 21% neste ano. Na verdade, a arrecadação, que é um pouco diferente da carga tributária.
