Coluna de Ivoti
Panela de Pressão – 27-08-2025
Por Raul Petry
VISITAS
O prefeito Valdir não é de não visitar canteiros de obras. Ontem esteve visitando o passeio público da Rua São Leopoldo. A história dos quebra-molas móveis não me desce muito. Foram comprados três deles. Eles deverão ficar cerca de um mês num determinado endereço e depois irão para outro. Não é para ter nada parecido no Brasil inteiro. Não gostaria que o município de Ivoti fosse pioneiro neste tipo de iniciativa. Quebra-molas é proibido, mas os prefeitos, imbuídos pelo espírito de solidariedade com o povo que pede a sua instalação, tem nas solicitações do povo a justificativa para inclusive burlar a lei.
SETENTA
Parece que em Ivoti tem 70 pedidos de instalação de quebra-molas. Vou começar a fazer o contrário. Em vez de criticar a simples existência de uma coisa tão sem sentido, vou apoiar a instalação dessas coisas horríveis no meio das ruas. Se tem 70 pedidos, vamos atender todos eles. Peço que o Executivo trate com todo o carinho os pedidos tão humanitários e atenda todos os pleitos. Mãos à obra, 70 quebra-molas novinhos em folha espalhados por Ivoti. Vai ser lindo de ver!
TROCA
Vou aqui lançar uma sugestão para a população. Em vez de pedir quebra-molas, solicitem para as autoridades municipais a redução de impostos. Por exemplo, o ITBI pesa no bolso de todo mundo que compra e vende um imóvel. Um terreno de 250 mil reais paga 2% de ITBI. Pesa no bolso de todo mundo, principalmente na população de renda mais baixa. Quero ver 70 pedidos desses na mesa do prefeito solicitando a redução de 2 para 1%, ou a sua simples eliminação. Ia aliviar o bolso de muita gente.
NOTÍCIA BOA
Outro dia o ex-prefeito Arnaldo esteve na tribuna da Câmara para enaltecer o fato de Ivoti ter chegado a 25% de receita própria no orçamento municipal. Não tem que elogiar um fato desses. Tem que criticar. É sinal de que há aumento de impostos que todos pagamos. Quanto mais enchem as burras do poder público, mais pobre fica a sociedade. Ainda por cima, com o sistema que temos, que não tributa a renda, e sim, os produtos.
INJUSTIÇA
A injustiça reside aí. No caixa do supermercado todos são tratados de forma igual, o rico e o pobre. O imposto tem a mesma alíquota para todos. Enquanto isso, o imposto mais justo é aquele cobrado sobre a renda. Paga mais quem ganha mais. No Brasil o Imposto de Renda já foi de 35% na faixa mais alta. Reduziram para 27%. Sabem porque né? Legislaram em causa própria. Como os ricos e aqueles que fazem as leis estão nessa, trataram de reduzir a alíquota máxima para 27%, quando tinha que ter aumento como tudo aumentou. Jogador de futebol paga 50% de imposto de renda na Europa. Aqui só 27% no máximo. Nossos políticos não são só espertos, são sórdidos.
