Coluna de Ivoti
Panela de Pressão – 29-10-2025
Por Raul Petry
KERB
É, estamos há aproximadamente dois meses do kerb, que se realiza em janeiro. E na sexta-feira aconteceu a licitação para escolher a empresa que irá vender o chopp no Kerb. O lance mínimo foi de 300 mil reais. Ou seja, para a cervejaria ganhar a licitação tem que pagar 300 mil reais e com as seguintes obrigações: responsabilizar-pelo lonão, contratação das bandas decorar o caminhão de kerb da Prefeitura e por aí vai. Todo este custo tem que sair da venda do chopp. As cervejarias recuaram porque a hipótese de prejuízo pode acontecer. Basta fazer tempo ruim e o prejuízo será certo.
RISCO
Este tipo de licitação enseja ainda vários riscos. E se a empresa que ganhar fornecer um chopp de péssima qualidade, como fica? Aí não haverá mais tempo para fazer nada. Isto aconteceu num determinado ano quando o público torcia o nariz a cada chopp que tomava. As cervejarias acham que nem deveria ter lance mínimo. A disputa é saudável não resta dúvida. Mas pagar 300 mil para ter o direito de explorar a venda de bebida e ainda ter que arcar com praticamente todos os custos da infraestrutura, todos consideraram um exagero.
E AGORA
Como fica agora, haverá uma segunda licitação em melhores condições para as cervejarias ou se repetirá o mesmo certame, só que sem lance mínimo? Na verdade, o kerb está cercado de dúvidas e uma delas é a possibilidade de haver a cobrança de ingresso. Talvez para este ano não. O assunto é polêmico, pois jamais foi cobrado ingresso nos eventos de Ivoti.
SECRETÁRIOS
Temos dois casos de secretários que foram exonerados nos últimos dias. Primeiro foi Luis Donato Dilly. Ele foi por motivo de viagem. Como não tinha completado um ano para ter direito a férias, achou-se por bem exonerá-lo e, quando retornar da viagem, admitir de novo. Esta é a versão mais verossímil. Donato é o secretário da Administração, uma espécie de braço direito do prefeito. Dependendo da administração municipal, ele retorna sem problemas. Mas não se sabe o que ele vai decidir. Pode ser que não queira mais voltar e se aposentar de vez.
OBRAS
Quanto ao secretário de Obras, Alexandre dos Santos, a questão é mais complicada porque envolve o jurídico. Descobriram agora que o prefeito e vice não podem assumir cargo na Prefeitura em hipótese alguma. Está na Lei Orgânica do Município. Como Borracheiro é o vice-prefeito e eles quase sempre assumiram cargos na Prefeitura, com ele não foi diferente. A ideia é mudar a Lei Orgânica para permitir que os vices assumam cargos. A pergunta que não quer calar: será que terão que devolver o dinheiro que receberam sem base legal?
