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Períodos de chuva apresentam perigo na BR-116

21/10/2019 - 11h00min

Atualizada em 21/10/2019 - 13h30min

Os períodos de chuva das últimas semanas mostraram o perigo que os usuários da BR-116 enfrentam na região. O trecho de Picada Café até Caxias do Sul é muito montanhoso e sabe lá o que há nesses morros. Somente na semana passada foram três deslizamentos de terra e pedras, atos estes que fecharam a via por alguns instantes e até horas. Bom, é notório que essa rodovia foi aberta há décadas entre as montanhas e algum dia haveriam consequências disso.

SORTE

Somente na sexta-feira foram duas quedas de pedras no KM-189. Por sorte ninguém passava pelo local. Mas o que chama a atenção foi o longo período até a chegada da PRF e das máquinas para iniciar a retirada das enormes pedras. Sim, vocês devem estar pensando que ninguém avisou. Avisado foi sim, mas levou mais de uma hora para uma máquina ir ao local.

IMPROVISO

Por sorte uma empresa que carrega peças pesadas passava pelo local e com um guincho iniciou a retirada das pedras lentamente, uma a uma, para liberar pelo menos um lado da via. Tudo no improviso, mas funcionou. A rodovia BR-116 trouxe o progresso para a região e liga o Vale dos Sinos a Serra Gaúcha. Mas o que vem ocorrendo em épocas de chuva mostra o descaso com a rodovia. Além dela não receber a devida manutenção, há ainda a falta de uma rota alternativa. Ou seja, o dia que desmoronar e precisar fechar a via por meio dia, será uma catástrofe. Como ocorreu a cerca de 15 anos quando um caminhão tanque, carregado com gás, tombou no KM-191. Foram três longos dias onde a passagem teve que ser improvisada por estradas de chão ou pelo Pinhal Alto.

CULPA DE QUEM?

Nessas horas vai culpar quem? A rodovia é federal e o tal do DNIT é o irresponsável. Sim, porque passam governos, há cobranças quase que mensais, mas lá isso entra em uma orelha e sai pela outra. Assim vamos vivendo com o problema e torcendo que nada de mais grave ocorra ao longo da importante rodovia que representa o nosso cartão de chegada e saída da região.

RESPOSTA I

Na semana passada o DNIT encaminhou uma resposta ao ofício enviado pela Câmara de Vereadores a respeito do bueiro no KM-193 da BR-116, ao lado do acesso principal ao Parque Jorge Kuhn. O mesmo foi solicitado pelo vereador Selvino Boettcher. No local há cerca de um metro de acostamento, o que obriga os pedestres e ciclistas a dividir espaço com veículos.

RESPOSTA II

De acordo com a nota assinada pelo engenheiro Carlos Alberto Vieira, “quanto ao bueiro e acostamento danificados, estamos cientes do problema, mantendo-o vistoriado. A execução do serviço está diretamente relacionado a dotação orçamentária disponível. Assim que possível, providências serão tomadas”. Entre outras palavras, nada será feito. Mas sou da opinião de que Município e Câmara devem fazer seu papel, cobrar uma ação para resolver o problema. O que não dá é cruzar os braços e achar que está tudo certo. Depois que algo ocorrer, é tarde. Parabéns ao vereador pela iniciativa de abrir os olhos do DNIT quando ao problema no local.

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