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Portanto, o posto de saúde é desnecessário

16/05/2018 - 11h00min

Podemos acreditar no futuro de Ivoti. Com a notícia de que houve uma redução de 50% nos gastos com horas extras dá para começar a acreditar. Se esta redução de despesas se ramificar para todos os setores da Prefeitura, a mudança terá acontecido. Este é o grande desafio da administração municipal. O corte de despesas em cerca de 40 a 50%. Com uma administração hipertrofiada, o corte de despesas tinha que acontecer. Não acontecia porque as administrações anteriores sempre pensaram em não dar continuidade nos projetos de obras da anterior, mas pensaram sempre em continuar gastando sempre mais. Neste ponto se entendiam. A ruptura deste processo tinha que acontecer para Ivoti voltar a sonhar com o futuro.

FOLHA

A lista de funcionários da Prefeitura, que já foi de 786 no começo desta administração, se reduziu para 731. Um total de 663 são os que contribuem pelo regime jurídico único. Os 38 Ccs já referidos, mais 25 contratos temporários e os 5 conselheiros tutelares. O total soma 731, o que representa uma redução de 7%. São 55 a menos, o que é uma redução tímida levando-se em consideração o tamanho do abacaxi. A folha deveria de ser menor, cair para verdadeiros 50% da arrecadação, mas aí sem mentirinha. O cálculo do Tribunal de Contas é muito benigno com as diversas esferas de governo. Ali não entram muitas despesas que são de pessoal de verdade. Por exemplo, o recolhimento de 30% sobre a folha para o Fundo de Aposentadoria e o pagamento do vale-alimentação são só o começo da história. O vale-alimentação é um salário disfarçado. Paga-se para todo mundo, precisando ou não. O resultado é que tem gente que compra fardos de cerveja e paga com vale-alimentação. Se botar tudo na ponta do lápis, a despesa com a folha de pagamento chega a 70%.

GESSO

Na real, a redução do pessoal tinha que ser de cerca de 200, cair para coisa de 580 em vez dos 780 que havia ao longo do governo de Arnaldo e no começo do de Maria. Reduzindo em 200 este número a redução dos gastos seria de 35 milhões em quatro anos de gestão. Qual é o prefeito que não gostaria de ter este butim de dinheiro para fazer obras. Mas obras de verdade, custeadas com recursos próprios, sem as amarras dos recursos carimbados que vem de Brasília, que muitas vezes são investidos em coisas que nem são necessárias. No interior tem um posto de saúde que serve para muito pouco. Não existe demanda lá para manter o pessoal trabalhando. Portanto, o posto de saúde é desnecessário. Quando acontece uma emergência, geralmente o posto está fechado. Isto acontece porque muitas vezes aparece um deputado com dinheiro, mas que tem que ser gasto na saúde. É o que aparece para o povo ver: uma obra física, mesmo que depois não sirva para grande coisa. No Brasil é assim, constrói-se adoidadamente e depois não há dinheiro, muito menos lógica em fazer aquilo ter um proveito. Em Capivarinha tem um posto de saúde construído há muitos anos que está entregue às moscas.

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