Coluna Estância Velha
Quem está, realmente, no lado do povo?
Estância Velha só tem falado sobre os casos de negligência no hospital municipal. As mortes de Sara Amaral e Viviane Plamer colocaram o atendimento realizado na entidade em check pelos estancienses e, a situação, tem trazido desdobramentos. Além da luta judicial da família de Sara em busca da verdade sobre a morte da jovem, a política de Estância começa a se pronunciar – não que seja bom, aparentemente. O presidente da Câmara, vereador Django, falou sobre o caso em seu Facebook, mas isso não deixou uma grande parcela de estancienses satisfeitos. Não é o tipo de situação em que autoridades podem se abster. O silêncio da Prefeitura já foi algo visto com maus olhos pela população, quando o Legislativo começa a dar respostas rasas ou não falar nada, o que pensa o povo? Quem estará por nós quando os governantes preferem não dizer nada?
NORMALIDADE
Estância Velha já voltou aos eixos após a Copa. Apesar da derrota na sexta-feira, 6, a cidade está de novo ao mesmo lugar que estava antes dos jogos começarem: o de normalidade. O Brasil não está mais na copa, mas nosso empregos nos esperam, nossas contas devem ser pagas e a cidade precisa caminhar. Em 2022 nós voltamos a pensar nisso, por ora, continuamos fazendo o que estamos acostumados a fazer, seguir a vida.
CIÊNCIA
A Escola Anita Garibaldi, no Campo Grande, realizou sua Mostra de trabalhos no último final de semana. Estudantes trabalharam e se esforçaram para trazer trabalhos científicos para o evento e, assim, conseguir credenciais para mais mostras pelo Estado. Devemos lembrar que foi do Anita que saíram duas estudantes estancienses que já passaram por feiras no Peru e Fortaleza e que podem ir para a Europa no próximo ano. Todas essas conquistas por conta da educação, tudo feito com base no apoio de professores dedicados em dar seu melhor para trazer os jovens para o lado da ciência. Como disse um dos educadores responsáveis da escola: “Eles começaram fazendo apenas pela nota, hoje os estudantes vêm até nós com ideias”. Educação, definitivamente, transforma.
EMBATE JURÍDICO
Não tem como fugir de um caso como esse em ano de eleição. O final de semana foi marcado pela verdadeira briga entre o TRF-4 e o juiz Sérgio Moro pela soltura ou não do ex-Presidente Lula. Sem puxar para lado nenhum, podemos dizer que foi uma grande briga de egos, na verdade. De um lado o poder judiciário nacional, ignorado pelo juiz que colocou Lula na cadeia. A verdade seja dita aqui, Moro tornou-se – ou pelo menos acredita veemente nisso – onipotente. Independente da soltura ou não de Lula, o problema aqui é a desobediência de um juiz para com as alas mais altas da área onde atua. Soltar Lula não é o quesito para o qual devemos atentar, mas sim o fato de termos juízes neste país que acreditam poder ignorar determinados apontamentos feitos por instâncias maiores. Moro ignorou seus superiores e deve pagar por isso, da mesma forma como Lula que foi contra a lei. A lei é para todos, sim.