Coluna Nova Petrópolis
Raul Petry – 14/06/2023
Panela de Pressão
CENSO
E aí, a quantas anda o censo, que era para ter ficado pronto em outubro do ano passado. Os motivos alegados são muitos. Salário baixo, recenseadores são obrigados a trabalhar com o próprio carro, os moradores não querem prestar atendimento, os motivos não tem fim. A verdade é que todo mundo quer saber o quanto é a população do seu município e não sabe. A verdade é que a população de um modo geral será menor do que o esperado por vários motivos, mas um acho que é o principal. O número de pessoas que residem nos domicílios é a metade do que era no começo do século. As pessoas não tem mais filhos e isso reduz o número de moradores. O reflexo se sente no mercado de trabalho.
INVERSÃO
Até a década de 90 a preocupação era o que as crianças da época fariam quando ingressassem no mercado de trabalho. Como arranjar emprego para tanta gente. Na prática hoje se vê o contrário. Falta gente no mercado de trabalho, e não é só gente com qualificação. Faltam trabalhadores braçais. Tanto que o escândalo que aconteceu com as vinícolas na serra se originou na busca de mão de obra na Bahia. Em Presidente Lucena há uma colônia de nordestinos. A busca de mão de obra é no nordeste inteiro e não só na Bahia. Mesmo assim, falta. O que está quebrando o galho são os imigrantes venezuelanos. Em Ivoti são dezenas, centenas deles. Eles fogem do regime de lá e buscam refúgio em outros países. Devido as dificuldades, o Brasil não é uma das principais opções. Mesmo assim, muitos vem para cá e são bons trabalhadores.
CÂNCER
No âmbito do serviço público há muitos problemas e um dos principais apontados são as licitações de obras. As empresas são pagas de acordo com as medições dos serviços prestados. Se a medição será no dia 30 de cada mês, a empresa só trabalha nos últimos 5 dias para receber no começo do mês seguinte. Por isso que as obras começam e param, recomeçam e param. Aqui perto temos um caso desses.
DENGUE
Finalmente a dengue também foi vencida e as coisas voltaram ao normal. Passo na frente do Mais Vida e o número de pessoas na recepção é pequeno.
EMERGÊNCIA
O que não foi resolvido é a Emergência no Hospital, que funciona das 9 da noite até as 7 da manhã. Só tem um médico que atende nestes horários. É muito pouco para quatro municípios. E o que muitos pergunta é se estes quatro municípios em parceria não conseguem pagar mais um médico. As pessoas não entendem isso. Sabe-se que um médico só não dá conta. Se ele tem duas emergências para atender, é obrigado por lei a escolher o paciente mais jovem. E o mais velho pode morrer por falta de atendimento.