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Coluna Nova Petrópolis

Raul Petry – 21/07/2022

21/07/2022 - 10h08min

Nova Petrópolis

MUNICIPALIZAÇÃO

Os vereadores passaram boa parte da sessão desta semana tratando da municipalização do trecho urbano da ERS-235. É meio engraçado, porque eles tratam disso como se realmente a municipalização estivesse acontecendo ou prestes a acontecer. Na verdade, o que existe é uma indicação do vereador Josué Drechsler, sugerindo que o Executivo promova essa municipalização. Daí até que alguma coisa prática aconteça, vai uma grande distância.

 

COSTURA POLÍTICA

O principal para que aconteça uma municipalização como essa é que exista uma boa costura política entre o Estado e a Prefeitura. Depois disso, a aprovação na Assembleia Legislativa e na Câmara de Vereadores torna-se bem mais simples.

 

DESEMBOLSO

Nessa costura política visando a municipalização da ERS-235, o mais importante é estabelecer o quanto o Governo do Estado pagaria para o Município de Nova Petrópolis assumir esse trecho da rodovia. Sim, porque precisaria haver um desembolso muito generoso. Para se livrar dessa estrada, que necessita de um monte de investimentos, o governador vai precisar botar a mão no bolso. Só repassar para o município e lavar as mãos é fácil demais. Ou o Estado faz as obras antes de entregar a estrada, ou dá o dinheiro para fazer. Mas isso é um tema que dificilmente será resolvido na Câmara de Vereadores. É assunto para os andares de cima.

 

COERÊNCIA

A vereadora Kátia Zummach cobrou coerência do colega Cláudio Gottschalk, que em 2018 foi contra um pedido de informações dela sobre a municipalização. Vejam bem que era só um pedido de informações. Mas ele foi contra. Agora, passados quatro anos, ele não se opõe ao assunto.

 

EMPRÉSTIMO

A verdade é que a ERS-235 precisa de investimentos no trecho urbano porque ela é a única ligação do Centro com todo aquele lado da cidade, além do interior e Gramado. Se existissem outras opções de ruas para sair do Centro, o problema não teria o tamanho que tem. O vereador Cláudio Gottschalk rebateu Kátia Zummach dizendo que a via alternativa deixou de ser construída porque a atual administração não quis usar os R$ 14 milhões do empréstimo da Caixa, feito pela gestão passada.

 

CHEQUE EM BRANCO

Minha memória pode estar me enganando, mas não me lembro de ter sido falado alguma coisa sobre a construção de uma via alternativa com o dinheiro do empréstimo. Na verdade, quando o projeto de lei entrou para a Câmara de Vereadores, ele era igual um cheque em branco, pois não dizia para quê o dinheiro iria ser usado. Só depois que veio a lista das obras e pelo que eu me lembro, a via alternativa não fazia parte dela.

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