Colunistas
Saiu um estudo da situação do Rio Grande do Sul comparado com outros estados do Brasil
ARRASA QUARTEIRÃO I
Caímos para o fundo do poço em tudo. Já éramos o segundo maior estado em termos de PIB do Brasil. Hoje estamos em 5o lugar. Perdemos para o Rio, Minas e Paraná. É um negócio impressionante o que aconteceu nos últimos 50 anos para chegarmos a este ponto. Nunca me esqueço que Pedro Simon, quando foi governador, encomendou um estudo para avaliar a situação do Estado. Lá estava o diagnóstico, quase igual a hoje e o que deveria ser feito para dar uma guinada. O estudo foi engavetado. De qualquer maneira é um horror! Não adianta querermos fugir da realidade. O grande vilão é o funcionalismo conjugado com aposentados.
ARRASA QUARTEIRÃO II
Como foi possível chegar ao ponto em que estamos hoje. Erraram governadores, deputados e o Tribunal de Contas. Na verdade não erraram, agiram contra o povo como verdadeiros lesa pátrias. Cederam por 50 anos às pressões das corporações. O resultado está aí: prestem atenção: O ESTADO TEM 300.605 FUNCIONÁRIOS; DOS QUAIS 45.047 SÃO PENSIONISTAS; 160.754 APOSENTADOS E APENAS 94.804 ESTÃO NA ATIVA, OU SEJA, TRABALHANDO. DO TOTAL DE 494 CORONÉIS, 470 ESTÃO APOSENTADOS. E ENTRE OS APOSENTADOS HÁ 10 MIL FILHAS SOLTEIRAS COM SALÁRIO INTEGRAL. PARA CADA 1 FUNCIONÁRIO NA ATIVA, 3 ESTÃO APOSENTADOS.
RECORDE
Estes números acima devem ser um recorde mundial. Há ainda outros agravantes. Quando se aposentam passam a ganhar muito mais do que quando estavam na ativa. Portanto, o salário médio dos aposentados deve ser maior do que quando na ativa, quando tinha que ser o contrário, como em todos os outros países. O caso das filhas solteiras é emblemático. Não satisfeitos em passar a aposentadoria integral como pensão para o cônjuge, foram mais além em certos casos. Morrendo os pais, as filhas soleiras do casal passaram a receber a aposentadoria integral enquanto não casassem. Elas ficam a vida inteira solteiras, mas só no papel. Vou parar de escrever sobre isto porque estou ficando com ânsia de vômito.
ZONEAMENTO
O Diário vai passar a destrinchar a legislação local para descobrir como chegamos ao ponto em que estamos em Ivoti. Você ouve relatos de pessoas que querem investir e trabalhar, mas aí aparece um burocrata na Prefeitura e diz que não pode. Muitos desistiram de Ivoti e já foram embora para outros municípios. E muitos ainda vão ir. O mapa do zoneamento é coisa que não saiu da cabeça de uma pessoa sadia. Os vereadores e o prefeito que embarcaram nessa também não estiveram nos seus melhores dias lá por 2014. O que as vezes no papel pode parecer algo bom e bem-intencionado, na vida real é completamente diferente. Reparem o nosso mapa de zoneamento. O mapa de Ivoti é dividido em 12 zonas diferentes. Tem que ser simplificado. Planejar a cidade é necessário, mas não excesso de planejamento. E depois tem o peso que se deu ao Conselho de Urbanismo, que é opinativo e nada mais. Que democracia participativa é essa com 0,4% da população participando, que é o número de 18 conselheiros do conselho e 50 pessoas que comparecem nas audiências públicas. Vereadores que recebem milhares de votos não são mais legítimos?