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Se tivesse agradado, o país não estaria na pindaíba em que está

09/09/2019 - 11h12min

Estão acontecendo vários movimentos no mundo político com relação a eleição municipal do ano que vem. Pensava-se que haveria apenas dois candidatos para prefeito. No entanto, podem ser mais. Poucos sabem, mas o PSL existe em Ivoti. Aliás, o PSL passou a existir no mundo político nacional depois que Bolsonaro entrou no partido. E conseguiu eleger 52 deputados. O sinal que a população mandou foi claro: mudanças. E será que as mudanças também vão se refletir na eleição para prefeito? Creio que sim. Candidatos antigos, com algum grau de rejeição, parece que não vão levar não só em Ivoti, mas em quase todos os municípios da região. O povo quer mudanças, não aguenta mais o estado de coisas atual. O país está com sua economia travada, não cresce mais nem com banda de música. Alguma coisa precisa ser feita e é aí que o povo se atira no “novo”, mesmo que este novo seja o imponderável. As pessoas vão votar em algo que não conhecem, mesmo porque os que são conhecidos já deram a sua contribuição e qual é provavelmente não agradou. Se tivesse agradado, o país não estaria na pindaíba em que está.

GESSO

Mudando de foco. O país ficou de tal maneira engessado, com milhares de leis, que ninguém mais consegue cumpri-las nem o mínimo possível. Saiu outro dia um dado que diz que devemos respeitar no Brasil um total de 4 milhões de artigos que fazem parte do arcabouço jurídico. É humanamente impossível sequer pensar numa coisa dessas. As empresas não conseguem se adequar a legislação e tampouco o próprio governo. É humanamente impossível um prefeito seguir rigorosamente a legislação. Ele está pisando em ovos todos os dias e vai errar aqui ou acolá, mesmo que não queira e esteja bem-intencionado. O Brasil virou um país de loucos. Em vez de parar de produzir leis deveriam, em primeiro lugar, eliminar os excessos.

CONTAS

Muitas pessoas não querem mais ser políticos na nossa região. No caso estou falando de prefeitos, por causa da perseguição que sofrem. O Tribunal de Contas, por exemplo, costuma ser rígido com os prefeitos e extremamente leniente com os governadores. Aliás, o Tribunal de Contas deveria ser cobrado por não ter fiscalizado os governos do Estado que deixaram o Rio Grande do Sul à beira da falência. Onde entra o Tribunal de Contas nesta história. Como é possível o Estado parcelar salários se por lei só pode gastar 54% da receita líquida com salários?

EXPLICAÇÃO

Os integrantes do Tribunal de Contas devem uma explicação para a população do Rio Grande do Sul. Já deveriam ter sido responsabilizados pelo estado atual das coisas. É evidente que não cumpriram com a sua função. Outro dia uma Prefeitura da vizinhança recebeu um alerta do Tribunal de Contas porque a despesa com a folha alcançou 60% eventualmente num dado momento. Mas como? E o Estado como fica. Ele gasta quase 100% com a folha e nada acontece. Qual é a função afinal de contas do Tribunal de Contras se não fiscaliza nada e deixa o Estado quebrado e a população sem o mínimo de serviços que deveriam ser prestados pelo Estado.

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